Michelle Obama faz 55 anos: veja 8 curiosidades que fazem dela um ícone
Michelle Obama, a única primeira-dama negra na história dos Estados Unidos, chega aos 55 anos nesta quinta-feira (11) com um legado muito maior do que o de esposa de um ex-presidente.
Em menos de 45 anos de vida, ela trocou a casa em que foi criada em um bairro pobre de Chicago, onde dormia na sala com o irmão mais velho, pela suíte principal de um dos endereços mais importantes (e luxuosos) do mundo, a Casa Branca -- trajetória que narra em sua autobiografia "Becoming", de 2018.
Para comemorar seu aniversário, lembramos oito curiosidades sobre Michelle que provam que ela se tornou ícone pop feminista e progressista.
Peitou o marido sobre política
Mesmo quando pretendia concorrer apenas ao Senado de Illinois, no final de década de 1990, Barack Obama teve que enfrentar a oposição dentro de casa. Em "Becoming", Michelle diz que sempre se opôs à atuação política do marido e, quando cogitou tentar a presidência, teve medo do que essa mudança brusca de vida poderia causar às filhas do casal.
"Eu não achava uma boa ideia concorrer às eleições. Meu raciocínio podia variar ligeiramente a cada vez que a pergunta ressurgia, mas minha posição geral se mantinha, como uma sequoia enraizada no solo, embora qualquer um possa ver que nunca adiantou absolutamente nada", explica.
Quando cedeu à vontade de Barack, Michelle bateu o pé e fez suas exigências: durante boa parte da campanha, manteve seu emprego como diretora de um hospital público e fazia questão de estar em casa todos os dias para colocar as filhas para dormir.
É uma mãezona feminista
Mãe de duas meninas, Malia, de 20 anos, e Sasha, de 17, Michelle nara em seu livro os esforços para criá-las como adolescentes comuns, mesmo vivendo em um dos endereços mais famosos do mundo.
Em seus primeiros anos de primeira-dama, comprou briga com o serviço secreto dos Estados Unidos para garantir que as duas pudessem fazer atividades comuns como ir à sorveteria ou a festas de aniversário com amigos.
Além disso, adotou medidas para garantir que as duas crescessem em um lar menos machista possível, como não alterar suas rotinas de alimentação e sono de acordo com a agenda do pai, mesmo que ele fosse um dos homens mais importantes do mundo. "Não queria que elas crescessem achando que a vida começa depois que o homem está em casa", escreveu, em sua biografia.
Driblou o arquétipo "negra raivosa"
Quando Barack anunciou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, em 2006, Michelle já estava acostumada a ser "esposa de político" há anos, quando o marido trabalhava como senador estadual e, mais tarde, federal.
A exposição em jornais e revistas, perseguição dos repórteres e ataque da oposição política, no entanto, gerou uma série de ataques racistas a Michelle Obama, que ficou conhecida como "negra raivosa", já que falava sobre assuntos delicados com muita seriedade.
"Era como se existisse uma versão caricatural de mim que criava o caos, uma mulher sobra a qual sempre ouvia falar mas que não conhecia - uma Godzilla muito alta, muito impetuosa e muito incisiva chamada Michelle Obama. (...) Quantas 'mulheres negras raivosas' ficaram presas na lógica circular dessa expressão?", questiona, na biografia.
Enfrentou a obesidade infantil nos EUA
Seu primeiro grande projeto como primeira-dama foi criar uma horta no jardim da Casa Branca para aproximar as famílias norte-americanas, especialmente as crianças, da alimentação saudável e sem conservantes.
A partir daí, criou iniciativas para incentivar a indústria alimentícia a diminuir a quantidade de açúcar nos alimentos infantis, para reforçar as horas dedicadas aos exercícios físicos nas escolas e desacelerar o consumo de alimentos processados.
Tem grandes amigas na realeza
Logo no primeiro ano do mandato do marido, Michelle conheceu a rainha Elizabeth -- com quem desenvolveu uma amizade e voltou a se encontrar pelo menos outras duas vezes.
Em uma delas, as duas trocaram desabafos sobre como é cansativo permanecer com sapatos de salto e apertados em longos eventos, enquanto seus maridos -- Barack Obama e príncipe Philip -- usavam calçados mais confortáveis.
"Confessei que meus pés doíam. Ela disse que os dela também. Então nos entreolhamos com expressões idênticas, como quem diz: Quando é que vai finalmente acabar essa história de ficar de pé em meio aos líderes mundiais? E, com isso, ela deixou escapar uma risada simplesmente encantadora", narra, em "Becoming".
Em 2018, quando já era ex-primeira-dama, estendeu a amizade com a realeza para Meghan, a duquesa de Sussex, com quem teve um bate-papo secreto em Londres para discutir iniciativa de empoderamento feminino nas duas nações.
Entregou o Oscar de melhor filme
Michelle foi primeira-dama entre 2009 e 2016, período em que redes sociais como Twitter e o Instagram deram um salto e se tornaram indispensáveis na vida de muita gente. Em seu livro, ela conta como aprendeu a usar as mídias e a cultura pop para promover suas iniciativas.
Em 2013, se tornou a primeira de seu título a participar da cerimônia do Oscar anunciando um vencedor. Foi ela que anunciou a vitória de "Argo" na principal categoria, a de melhor filme, ao lado de personalidades como Jack Nicholson, Ben Affleck, e Jennifer Lawrence.
Aumentou a representatividade na Casa Branca
Durante os oito anos que permaneceram na Casa Branca, os Obama fizeram pequenas mudanças para tornar o local mais moderno e mais representativo em relação às minorias.
No Salão Oval, um busto de Winston Churchill, ex-primeiro-ministro britânico, foi substituído por um do líder da luta pelos direitos civis, Martin Luther King.
Além disso, o casal incorporou ao acervo fixo da Casa Branca a primeira obra de uma artista plástica afro-americana: "Ressurreição", um quadro abstrato em azul em vermelho, de Alma Thomas.
Não quer saber de política
Embora após a saída da família Obama da Casa Branca Michelle tenha sido alvo de muitas especulações políticas, ela encerra "Becoming" garantindo que uma candidatura não está em seus planos.
"Já disse à minha filha que ela deveria concorrer", brincou, falando sobre Sasha, de 17 anos, em entrevista ao "Good Morning America", da ABC.
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