Ingleses relatam aborto após descobrir doença: "Libertá-la da dor"
O casal inglês Jade Dodson, 32, e o marido Mark, 31, esperou por Amelie durante dois anos e meio. Fizeram, inclusive, tratamento de fertilização. Mas quando a dupla realizou seu sonho, escolheu interrompê-lo: quando ela completou 20 semanas de gestação, descobriu-se que a menina tinha espinha bífida, um grave defeito congênito. No Reino Unido, a lei permite o aborto até 24 semanas. No Brasil, pode-se fazer o aborto em caso de estupro, anencefalia ou quando há risco de morte para a mãe.
Numa página criada pela dupla, em que conta sua trajetória, os dois explicam que a menina foi diagnosticada com a forma mais grave da doença, e que provavelmente ela teria paralisia completa das pernas, disfunção urinária e intestinal e dificuldades de aprendizagem. Ela precisaria ainda fazer uma operação ao nascer, para colocar um tubo ligado ao cérebro. Segundo eles, haveria sempre o risco de infecções e que elas poderiam causar mais danos cerebrais. A doença, informam eles, afeta aproximadamente 1 em cada mil bebês no Reino Unido.
"Tivemos que tomar a dolorosa decisão de interromper a gravidez para libertar Amalie da inevitável dor e sofrimento que ela teria durante toda a sua vida. Esta foi, de longe, a coisa mais difícil que já enfrentamos", relatam eles.
O procedimento foi realizado no último dia 22 de dezembro. Agora, o casal está fazendo uma campanha para arrecadar cinco mil euros para ajudar em pesquisas sobre a doença. Até agora, Jade e Mark conseguiram levantar mais 3,6 mil euros.
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