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Deputada de SC criticada por decote entrará na Justiça contra agressores

A deputada estadual Ana Paula da Silva, criticada pelo decote usado em sua posse na Assembleia Legislativa de Santa Catarina - Arquivo pessoal
A deputada estadual Ana Paula da Silva, criticada pelo decote usado em sua posse na Assembleia Legislativa de Santa Catarina Imagem: Arquivo pessoal

da Universa, em São Paulo

08/02/2019 13h41

A deputada estadual Ana Paula da Silva (PDT-SC), atacada nas redes sociais por internautas por usar um decote durante a cerimônia de sua posse na Assembleia Legislativa do Estado em 31 de janeiro, decidiu processar seus agressores, confirmou seu assessor à Universa nesta sexta-feira (8).

De acordo ainda com o gabinete da parlamentar, Ana Paula já acionou o jurídico da Assembleia e sua equipe está documentando os ataques e verificando quem seriam os envolvidos. O material final irá compor uma representação, que deverá ficar pronta na próxima semana para ser entregue à Justiça.

A intenção de Ana Paula com a denúncia seria mostrar que este tipo de violência contra a mulher é crime. Em entrevista à Universa na quarta-feira (6), a deputada afirmou que "a participação da mulher na sociedade é tão minúscula que um decote pode ficar enorme".

"Li os comentários até um determinado momento, então parei. Por mais que você tenha autoestima e fé, não há como sustentar a sanidade diante de reiterados e sequenciais comentários ofensivos. Nenhum ser humano suporta. O pior é que coisas que eu pensei que já tinha superado, antigas feridas, voltaram do passado. Tudo por causa de um decote", pontuou.

Após a publicação do post em que comemorava o primeiro dia de trabalho no cargo, publicado há seis dias, Ana Paula da Silva foi ofendida com palavras de baixo calão e teve sua atuação questionada na casa por causa da roupa escolhida. Seguidores chegaram a afirmar que ela seria prostituta e a acusaram de provocar 'desconforto' entre os homens da Assembleia.

"Vou continuar vestindo o que eu quero. Não pretendo me violentar para agradar ninguém", concluiu.