"Disse que estava com vontade de matar", diz empresária espancada no Rio
Com muita dor e fala pausada, a empresária Elaine Caparróz, 55, relembrou à Universa os momentos de horror que passou nas mãos do estagiário em Direito Vinícius Batista Serra, 27, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro na noite de sábado (16). Debilitada, descreve ela mesma, de dentro do quarto do hospital, ela avisa às mulheres: "Pensem um milhão de vezes antes de fazer isso".
O homem foi preso em flagrante, encaminhado ao Complexo Prisional de Benfica e responderá ao crime de tentativa de feminicídio. Elaine disse que levou quase 80 pontos dentro da boca, fraturou o nariz e os ossos que cercam os olhos. Também está sem um dente e vai precisar passar por cirurgia plástica. Veja seu depoimento:
"Acho que ele premeditou alguma coisa, porque deu nome errado e em casa só queria assistir filme de terror. Mencionou algo de querer se vingar de alguém, que estava com vontade de matar e pediu minha opinião. Achei muito estranho.
Não tinha bebido tanto. Falaram de três garrafas de vinho abertas, e lembro de duas. Também tenho flashes de coisas. Não sei se ele colocou uma coisa na minha bebida. Está tudo muito confuso. Nem sei como está minha casa.
Fora isso, ele foi super carinhoso, me tratou muito bem. Foi super simpático. Um amor de pessoa. Quando pediu para dormir lá, pensei: 'poxa, não saio com ninguém, e ele foi gente boa, pediu para eu dormir no peito dele, que queria dormir abraçadinho comigo. Por que não?'
Fui dormir e, quando acordei, ele estava me esmurrando, gritando muito. Tentei falar com ele inúmeras vezes, mas ele não me ouvia. Foi como se fosse o diabo no corpo dele. Ele só gritava e me esmurrava. E falava 'cala a boca'.
Olha, sempre fui uma mulher cuidadosa e aconteceu isso. Imagine com quem se encontra através de aplicativo. Nunca mais quero saber de marcar com alguém que não conheça.
Estou no quarto agora, muito debilitada ainda. Apanhei muito, lutei muito. Ele quase me matou. Mas sou muito forte. Somos fortes!
Nos falamos por 8 meses pelo Instagram e aceitei me encontrar com ele porque vi que ele tinha trabalho, era formado, postava foto fazendo esporte, com família e amigos. Ainda achei melhor combinar de nos encontrarmos em casa porque era mais seguro.
Torço para que todas as mulheres pensem um milhão de vezes antes de fazer isso. Agora só sairei com quem conheço."
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