Maioria dos americanos discorda de Trump e apoia trans no exército
Após um pouco mais de um mês da retomada do veto a transgêneros no exército norte-americano, uma pesquisa da Reuters/Ipsos revela que mais da metade dos brasileiros discorda da determinação da administração Trump e apoia a diversidade nas Forças Armadas.
Na pesquisa realizada entre 25 de janeiro e 16 de fevereiro com 8823 pessoas, 59% delas se disse favorável à presença de trans no corpo militar, contra 24% que rejeitam. Entre os favoráveis, 67% acreditam que o exército também deveria oferecer cuidados médicos relacionados à transição de gênero.
Entenda o caso
Em 2017, Trump disse que o governo federal não aceitaria nem permitiria que transgêneros nas Forças Armadas dos EUA, indo contra a política inicialmente aprovada pelo Departamento de Defesa durante a gestão do democrata Barack Obama, que ainda teria uma última revisão.
"Nossas Forças Armadas devem se concentrar em uma vitória decisiva e avassaladora e não podem ser sobrecarregadas com os tremendos custos médicos e as interrupções que o transgênero nos militares implicaria", disse o presidente na postagem de 2017.
No final de agosto, o presidente assinou um documento ordenando ao Pentágono não aceitar mais o recrutamento de transgêneros, e entregou ao departamento de Defesa a decisão de como cobrir as despesas médicas de militares transgêneros já em serviço, recomendando a suspensão dos gastos com cirurgias para mudança de sexo.
Calcula-se que entre 2,5 mil e 7 mil pessoas transgênero sirvam em diversos setores das Forças Armadas dos Estados Unidos. Cerca de 250 militares estão em processo de transição para seu gênero escolhido ou tiveram aprovada formalmente a mudança de gênero com a equipe do Pentágono, de acordo com autoridades do Departamento de Defesa.
Indivíduos transgêneros podem servir abertamente no serviço militar desde 2016, quando o antigo secretário de Defesa Ash Carter encerrou uma proibição existente.
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