Deborah Secco relembra críticas do passado: "Marcas que jamais se apagam"
Deborah Secco se uniu ao time de famosas que estão usando suas redes sociais para se manifestar pelo Dia da Mulher nesta sexta-feira (8).
Em um desabafo forte, a atriz, de 39 anos, publicou uma montagem de fotos que simula uma conversa entre a Deborah de hoje e a Deborah do passado, relembrando todas as culpas que assumiu em sua carreira por ser mulher e vítima do machismo.
"Oi, Deborah Secco; Eu sou você. Só que você de antes. Eu sou você quando tudo era culpa nossa. Lembra?", inicia ela.
Ao longo do texto, Deborah relembra os detalhes dos seus relacionamentos que estamparam manchetes e como era julgada como atriz pelas suas roupas.
"Quando um namoro dava errado e a gente se deixava encantar por outro, que absurdo? Quando a saia curta era obviamente na intenção de conquistar um papel de gostosa na novela? Ou, se estivéssemos numa festa, claro que a meta era aquele flagra na revista semanal?", continuou ela, mencionando ainda seus casamentos. "Ainda tem os casamentos que não deram certo porque não fomos boas o suficiente? Você lembra, né?"
A atriz reforçou que tais críticas se estendem até hoje e reforçou como a mídia influencia no machismo propagado não só contra ela como com outras mulheres.
"Ficam marcas que jamais se apagam.Ainda hoje fazem listas, em jornais que se dizem serios, de nossos ex-namorados apenas para buscar cliques julgadores da nossa moral", complementou.
Deborah cita ainda seu papel como Bruna Surfistinha, que, segundo ela, transformou a sua vida, embora ainda seja visto como uma "puta" para alguns telespectadores.
"Ainda te chamam de Bruna Surfistinha como se esse papel não tivesse mudado a nossa vida! Como se não fosse motivo de orgulho. Mas eles gostam de encher a boca e dizer SUA PUTA!".
Por fim, a artista reforçou a importância da publicação nesse dia e alertou como as atitudes machistas que citou geram consequências, como o feminicídio.
"Não passa. As marcas ficam. Mas ficam porque a gente resistiu. Estou viva! Muitas de nós não tiveram essa condição e estão mortas por serem quem são. Mulheres. Nesse dia 08 vamos nos lembrar de Danielas Perez e de Isabela Miranda, de Thaís de Andrade, Maikelly Rodrigues, Valcirleia Ferreira (todas essas últimas mortas em apenas dois meses do ano de 2019) que não tiveram a chance de carregar suas marcas como nós. Lembrar e lutar por todas as Marias do mundo. Para que o mundo que ficar pra elas seja melhor que isso. Sem marcas tão doloridas e com ar em seus pulmões", concluiu.
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