Ela criou uma rede de cuidadores de idosos que fatura R$ 1,1 milhão por mês
Izabelly Miranda, 30, nascida em Natal (RN), estava quase se formando em enfermagem aos 24 anos quando percebeu que não queria a rotina de hospitais para si. Trabalhando nas UTIs de hospitais, ela percebeu uma carência no segmento de cuidadores de pessoas.
"Lá, vi que o paciente de internação prolongada é o idoso. As famílias estavam esgotadas com a rotina de visitas e cuidados e tinham uma dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para ajudar essas pessoas". Pensando nisso, ela decidiu empreender e criou a Cuidare, que hoje é uma rede de cuidadores de idosos que fatura cerca de R$ 1,1 milhão por mês. Em 2018, o faturamento total foi de R$ 14,2 milhões.
Antes de se formar, ela começou a pesquisar sobre a diferença entre cuidador de idoso e profissional de "home care". "O cuidador só ajuda o paciente. Ele faz procedimentos básicos como dar banho, auxiliar na alimentação, fazer companhia. O técnico de 'home care' trabalha com pacientes de alta complexidade e faz procedimentos mais invasivos, como administrar medicação na veia, o que gera um risco maior", explica.
Decidida a trabalhar com cuidadores, Izabelly e o marido, que é advogado, decidiram guardar dinheiro para empreender. "Ele investiu comigo porque queria que eu tivesse algo só meu. O investimento inicial foi de R$ 75 mil, contando com estruturação da sede, uniformes, site, material de marketing, protocolos de atendimento", conta. Assim nasceu a matriz da Cuidare, em Natal.
Expansão
A enfermeira se lembra que conseguiu seu primeiro cliente com dois meses de negócio. Depois disso, a empresa expandiu rapidamente. "No primeiro ano, com sete meses de Cuidare, eu tirei o capital investido. Ainda não era um faturamento tão grande, mas já estava dando lucro. Um ano e meio depois, quando a gente estava mais seguro, meu marido se juntou a mim e planejamos a expansão. Assim veio a primeira franquia, em Belo Horizonte (MG)", lembra.
A empresa fornece serviços de cuidador de pessoas em domicílio, hospitais e casas de repouso, com profissionais contratados pela pessoa assistida ou pela família. "Apesar dos idosos serem maioria dos que contratam os cuidadores, também atendemos também mães no puerpério, deficientes e outras pessoas que precisam de ajuda", explica Izabelly.
Ela afirma que todos os franqueados passam por um "rígido processo seletivo", passando por treinamentos periódicos. Os franqueados passam três dias fazendo um curso ministrado por ela, em Natal, para que recebam todo o material padronizado.
Atualmente, a Cuidare possui 49 franquias espalhadas por 20 estados --Izabelly comemora que 70% delas são comandadas por mulheres. "Foi totalmente espontâneo, até tem mais procura masculina hoje, mas, na maioria das vezes, a diretoria é das mulheres". Ela afirma que está estudando propostas de levar a empresa para o exterior. Para se tornar franqueado, o investimento inicial oscila entre R$ 25 mil e R$ 38 mil, dependendo do tamanho da cidade.
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