Bruna Linzmeyer: "Achei que não era possível amar e transar com uma mulher"
Desde que começou a usar sua imagem para defender os ideais feministas e a representatividade lésbica, Bruna Linzmeyer se tornou, além de atriz, importante porta-voz para essas causas políticas e sociais. Esses foram os assuntos abordados por ela em entrevista à Universa, nesta terça-feira (19), durante o lançamento da fragrância Calvin Klein Woman, em São Paulo.
A atriz, de 26 anos, ressalta a influência que exerce tanto por meio das redes sociais como em suas aparições públicas e televisivas, em que levanta tais bandeiras. "Fico feliz por poder falar, dialogar com as pessoas, levantar questões, pensar no mundo em que estamos vivendo e no que as coisas significam. Cada vez mais, aos pouquinhos, ao mesmo tempo em que existe uma onda de muito moralismo e violência, existe, em contrapartida, a gente com nos nossos pertencimentos e o poder de falar sobre essas coisas. E não podíamos falar há alguns anos", afirma.
Representatividade importa, sim!
Quando questionada sobre sua representatividade, Bruna reforça como essa ideia é importante para todas as causas que envolvem minorias Ela citou que por muito tempo da sua vida achou não ser possível amar uma mulher, pois não via esse tipo de representação na grande mídia.
"Representatividade é você ter referência de coisas que pode ser e fazer. Pensar que amar uma mulher é uma possibilidade. Eu achei durante minha vida que nem era possível amar uma mulher, beijar, transar. Então acho que a minha existência transmite para as pessoas que essa é uma possibilidade real, que não há problema nenhum e a gente precisa avançar nos preconceitos. Encontrar nossa liberdade e prazer."
Cássia Eller: referência lésbica na adolescência
A atriz, que recebe total apoio dos seus pais, cita Cássia Eller como uma das suas referências sobre lesbianidade na adolescência -- embora essa palavra nunca tenha sido citada na época em que a cantora, morta em 2001, estava no centro dos holofotes.
"Na questão de lesbianidade e sexualidade eu não tive referências na minha adolescência. Lembro-me da Cassia Eller. Não se falava a palavra 'lésbica' ou 'gay', mas ela estava existindo ali. Hoje muitas pessoas constroem essa rede de liberdade e apoio para que a gente possa se divertir e ter o direito de viver", conclui.
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