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"Fui perseguida por um cara que rejeitei no Tinder"; veja histórias

Alguns rejeitados acabam entrando em contato por outras redes sociais e assustando mulheres - iStock Images
Alguns rejeitados acabam entrando em contato por outras redes sociais e assustando mulheres Imagem: iStock Images

Natália Eiras

Da Universa

21/03/2019 04h00

Há muitas razões para você não dar like em uma pessoa no Tinder, mas tem gente que não se conforma em ser rejeitado. E a internet facilita localizar uma pessoa. Mandar mensagem no Instagram, ligar para o trabalho e escrever para o email corporativo de alguém são algumas das formas que os rejeitados encontraram para pedir uma segunda chance. A Universa reuniu relatos de mulheres que foram perseguidas por homens que as viram em aplicativos de relacionamentos:

"Mandou email no meu endereço corporativo"

"Há uns três anos, fiquei curiosa para ver qual era a do Lobstr, um aplicativo que tem a proposta de arrumar uma companhia para você almoçar. Fiz meu perfil, dei uma navegada de meia hora e nem dei like em ninguém. Uns dois dias depois, uma colega de trabalho, responsável pelo email de contato geral da agência, recebeu a mensagem de uma pessoa que procurava por mim. Como eu faço o trabalho de relações públicas da agência, ela passou meu email. Era um cara do aplicativo me mandando mensagem. Acho que na hora de criar o perfil, devo ter preenchido algum campo com o nome da agência. Como eu não era usuária de apps de relacionamento, nem sabia onde apareceria. Por sorte, a agência que trabalho é pequena e o ambiente e pessoas bastante informais. Se fosse uma empresa mais formal, talvez esse ocorrido pudesse ter me prejudicado." Mariana Queiroz, 31, diretora de comunicação digital, de São Paulo (SP)

"Ele ligou no meu trabalho"

"Reativei o meu Tinder usando o meu Facebook. Então, o meu local de trabalho acabou entrando no meu perfil. Um cara me ligou aqui no trabalho, a recepcionista atendeu e passou para mim. Ela disse que era apenas o Bruno. Eu não passo o telefone do meu trabalho para ninguém, nem para os meus pais, então eu estranhei porque não era um cliente. Ele falou que era o Bruno, um amigo meu. Disse que tinha me conhecido por uma rede social. Como eu não reconheci a voz, eu insisti na pergunta e ele acabou falando que era do Tinder. Eu não estava conversando com nenhum Bruno no Tinder, e ainda assim isso seria estranho, errado. Ele ficou falando que tinha ficado um ano em coma e outras coisas sem sentido. Eu disse que não estava entendendo nada e desliguei o telefone. Fiquei bastante constrangida, porque acontecer uma coisa dessas no ambiente de trabalho, foi muito invasivo e fiquei assustada. Ele disse que conseguiu o meu telefone ao ver o nome da empresa e procurou na internet."
Natalia Oliveira, 29, jornalista, de Belo Horizonte (MG)

"Disse que ia fazer encomenda para me ver"

Juliana Oliveira - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Juliana Oliveira
Imagem: Arquivo Pessoal

"O que mais acontece comigo é homem que não dei match no Tinder me achar no Instagram, ver o link da minha loja, descobrir o meu WhatsApp comercial e ficar mandando mensagem. É muita investigação mesmo. Teve um cara que falou comigo em vários números diferentes. Eu dizia que não queria nada com ele e ele insistia para dar uma chance. Ligava de madrugada, começou a mandar SMS dizendo que ia encomendar coisas da minha loja e, quando eu fosse entregar, ele estaria me esperando. Ele deu uma parada no assédio, mas deixei de fazer as entregas da minha loja."
Juliana Oliveira, 30, designer gráfico, de Niterói (RJ)

"Foi até uma festa que eu costumo ir"

"Um cara me seguiu no Instagram que estava vinculado ao Tinder, curtiu e comentou em várias fotos. Chamou na DM, me adicionou no Facebook e chegou a ir a uma festa que eu costumo ir. Ele sempre perguntava se eu ia no evento, até que um dia cheguei e ele estava lá. Passou a noite inteira em um canto me encarando. Quando fui pegar uma bebida, ele veio conversar comigo, mas claramente já tinha stalkeado toda a minha vida."
Mariana Freitas Mathias, 19, estudante de psicologia, de Porto Alegre/RS

"Ele me chamou de prostituta"

"Teve um cara com quem nem cheguei a dar match, mas ele me mandou mensagem no Instagram e pediu meu Whatsapp. Perguntei do que se tratava, já que meu WhatsApp era de trabalho, ele disse que me viu no Tinder e queria me conhecer. Falei para ele esperar o match. Depois disso, ele me chamou de prostituta e disse que eu estava em aplicativo porque era uma piranha. Eu o bloqueei, nem me estressei, mas devia tê-lo exposto."
Valéria Milanês, atriz, 25, de Rio de Janeiro (RJ)

"Falou para todo mundo que eu tinha feito em sexo oral em amigo"

"Dei match com um cara com quem tinha amigos em comum uma vez e nunca dei muita atenção pra ele. O cara me infernizou e eu cancelei o match. Um ano depois, descobri que ele falou para todos os meus amigos que eu tinha feito sexo oral em um conhecido dele e que tinha até vídeo. Era mentira, eu tinha ficado com um amigo em comum, mas nem sequer tinha feito nada. Na época, fiquei com medo e não fui atrás de esclarecer."
Nathally Arrighi, 20, auxiliar de administração, de Santo André (SP)

"Quis me dar lição de moral"

"Um menino com quem eu não tinha dado match no Tinder deu chilique no meu Instagram. Ele quis dar lição de moral dizendo que eu só dava like em 'gostosões', como se esse fosse o meu padrão, e que eles só queriam me comer e sair fora, enquanto ele queria algo sério. (risos)".
Shirley Anizio, 30, autônoma, de São Paulo (SP)

"Criou contas no Instagram para falar comigo"

"No Happn, eu nem tinha dado match com um cara e ele me mandou mensagem no Facebook. Eu ignorei. Ele mandou outra e outra. Desinstalei o Happn por medo, porque ele mostrava as pessoas que estavam por perto. Depois de uns seis meses, ele me mandou uma mensagem no Instagram. Ignorei novamente. Eu bloqueava os perfis deles e ele fazia outros para tentar entrar em contato. Fiquei uma época sem Facebook e tranquei o Instagram."
Rafaela Nakamashi, 29, autônoma, de Campinas (SP)