Documentário que acusa Michael Jackson de abuso de menores divide famosos
A cantora Barbra Streisand foi criticada após fazer um comentário sobre "Deixando Neverland", documentário da HBO que apresenta pessoas que acusam Michael Jackson de abuso sexual.
Ela até disse a um publicação britânica que acredita nos depoimentos de Wade Robson e James Safechuck, retratados no documentário.
"Absolutamente. Aquilo foi muito difícil [de assistir]", mas acrescentou que o suposto abuso não foi fatal. "Você pode dizer 'molestado', mas essas crianças, como você as ouviu dizer, estavam emocionadas por estarem ali. Ambos [Robson e Safechuck] casaram e tiveram filhos, então [o abuso] não os matou", falou em entrevista ao britânico "The Times".
O diretor de "Deixando", Dan Reed, questionou a artista no Twitter. "'Não os matou'. Você realmente disse isso, Barbra Streisand?", escreveu no Twitter.
Divisão
O documentário tem causado rebuliço na indústria cultural mundial. Famosos americanos se dividem entre apoiar enfaticamente os relatos feitos e defender Jackson, morto em 2009, das acusações.
Diana Ross, que foi nomeada por Michael como guardiã dos filhos dele, tomou à frente para fazer a defesa de Jackson. "Eu acredito e confio em quem foi Michael Jackson, que era uma incrível e magnífica força para mim e muitos outros. PAREM, EM NOME DO AMOR", escreveu no Twitter.
Apoio às vítimas
Por outro lado, há defesas ao documentário. É o caso da apresentadora norte-americana Ellen Degeneres, que também usou o Twitter. "Eu espero que todos assistam #DeixandoNeverland", escreveu.
A apresentadora Oprah convidou os dois principais personagens do documentário para uma entrevista. A atriz Rose McGowan aplaudiu a iniciativa. "Os sobreviventes são corajosos. Oprah é corajosa. Os documentários são corajosos. É isso que corajosos fazem, pessoal: vão contra a maré, contra a norma [...] É difícil escutar a verdade, mas são dores de crescimento", defendeu nas redes sociais.
Documentário tem mais de quatro horas
A estreia oficial de "Deixando Neverland" no Brasil foi em março, mas o documentário já abala as estruturas da indústria pop e cultural norte-americana desde janeiro.
Os produtores da série animada Simpsons, por exemplo, tiraram de circulação um episódio dublado por Michael. A Louis Vuitton também cancelou uma linha de roupas com referências ao artista.
Dividido em duas partes, o filme apresenta os relatos de Wade Robson e James Safechuck, de 36 a 41 anos, que alegam terem sido abusados pelo cantor Michael Jackson quando eram crianças, no Rancho Neverland, onde o astro morava.
Durante as quase quatro horas de documentário, Robson e Safechuck detalham como conheceram Michael, como os abusos teriam começado e o impacto que os eventos tiveram em suas vidas.
Para além de julgar se as acusações são verdadeiras ou não, as entrevistas mostraram como casos de abuso sexual infantil podem ser perpetrados e como os agressores costumam manter o ciclo de violência em ação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.