A sensibilidade para registrar a morte desse bebê gêmeo vai te emocionar

A morte de um filho é um processo doloroso para qualquer pai e para Heather Bowman, que passou anos buscando tratamento de fertilidade para ter um filho como mãe solo, não foi diferente.

Em entrevista ao "POPSUGAR", Heather falou sobre a jornada por trás da imagem protagonizada pela gêmea sobrevivente, Leti, e a representação feita à James, feita com o cobertorzinho azul.

"Minha jornada foi longa. Quando eu estava aos 36 anos, ainda era solteira e meu sonho era ser mãe. Não estava disposta a me sacrificar a não me tornar mãe por não ter encontrado um marido", conta ela.

Heather conta que sofreu um aborto espontâneo em 2017 e, alguns meses depois, engravidou de gêmeos, que perdeu na 16ª semana de gestação.

Depois de passar por diversos testes, os médicos descobriram que ela fazia parte de 1% da população feminina que tem uma malformação uterina, chamada "unicornuate uterus", em que a mulher nasce com metade do útero, ovário e trompa de falópio.

"O diagnóstico foi assustador para mim, mas meu especialista estava absolutamente confiante de que eu poderia levar um bebê para frente", disse ela.

Um tempo depois, após realizar a fertilização in vitro, ela descobriu estar grávida de um casal de gêmeos. No entanto, ao realizar o ultrassom na 17ª de gestação, os médicos não conseguiram encontrar um batimento cardíaco no garotinho.

"Eu tive que ser forte em relação a minha dor para ser positiva com minha filha, para que ela aguentasse tudo e ficasse bem", confessou.

Em fevereiro de 2019, Heather deu à luz os gêmeos, embora apenas a garota estivesse viva, e chamou a fotógrafa Jessica Young para "honrar o vínculo entre os gêmeos".

"Quando ela colocou Leti em seu lugar, tudo o que Leti pôde fazer foi olhar para onde seu irmão estaria. Eu não pude deixar de sentir que ele estava deitado lá, deixando-a saber que ele está sempre com ela. Ela sorriu algumas vezes enquanto olhava em sua direção. Eu vou amar esta foto para sempre."