"Com ajuda de um doador, engravidei e minha filha terá duas mães"
A cabeleireira Esther de Lima passou os últimos cinco anos tentando ser mãe. Ela, que mora em Rio Branco (AC), tem SOP (síndrome do ovário policístico), e tentou tratamento de fertilização. Mas sofreu aborto, perdeu a adoção de uma criança, desistiu. Por incentivo da parceira, a chef de cozinha Maryenn Oliveira, 26, recorreu a uma última alternativa --uma inseminação caseira--, e perto de dar à luz Louise Hadassa, ela fala como conseguiu realizar o sonho do casal.
"Sempre quis ser mãe e comecei a tentar engravidar aos 25 anos. Hoje, tenho 30. Eu e Maryenn já estávamos casadas. Como tenho SOP, visitei vários médicos e gastei o que não podia com tratamento. Tive duas gestações que não evoluíram e sofri um aborto espontâneo. Depois de três anos tentando e tantas perdas, resolvi desistir.
Um ano depois, consegui um trabalho como babá de uma menina de um ano. A mãe da criança pediu para ficar com ela por um período, porque ia viajar. No dia em que deixou a bebê na minha casa, ela me disse que não tinha condições de cuidar da filha, contou que se prostituía para o sustento da família e que tinha gostado de mim e da minha mulher. Por fim, deixou a menina na nossa mão, com certidão de nascimento, carteira de vacina e tudo.
Tentei adotar a criança, que se chama Sophia, mas, dois meses depois, ela apareceu pedindo a filha de volta. Já tinha me apaixonado pela neném e sofri uma grande decepção ao devolvê-la. Ela, inclusive, tem o nome que daria para minha filha.
Depois desse episódio, minha mulher me incentivou a tentar engravidar mais uma vez. E optamos pela inseminação caseira. Achamos um doador de sêmen na internet, que resolveu nos ajudar. Ele nunca me cobrou nada. Nessa mesma época, tomei tudo quanto era chá que dizem ser bom para engravidar e para tratamento de SOP: de unha de gato a uxi amarelo. Passei dias comendo abacaxi e me enchi de inhame cozido. Até que meus testes deram positivo.
Nós não mantivemos contato com esse doador. Ele veio ao nosso encontro, mas, como morávamos numa casa alugada, nos mudamos assim que recebemos o positivo.
Jamais pensei que conseguiria depois de tantas decepções. Fiz dois testes e só fui acreditar realmente que estava grávida depois que vi seu coração batendo forte no exame de ultrassom
Sinto muitos enjoos, fadiga, sono, mas agradeço por cada sentimento. Completei 24 semanas e estou muito feliz, porque além de ter conseguido realizar esse sonho, nós duas temos total apoio da família. Demos entrada no casamento e nossa filha será registrada no nome das duas.
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