Direto de Nova York: a pianista Eliane Elias fala da emoção de tocar em SP
Dona de dois Grammys e mais nove indicações ao prêmio, a pianista Eliane Elias diz que voltar ao seu país de origem é sempre uma experiência muito especial. Ela, que mora em Nova York há 38 de seus 59 anos - e se consagrou como um grande nome do piano atual nos EUA -, deve se apresentar ao lado do marido, Marc Johnson, e de Rafael Barata no Blue Note, em São Paulo. Os shows acontecem no domingo, 7, às 19h30 e 21h30.
A fama acabou acontecendo fora de casa, mas ainda assim ela reconhece a força de cantar no Brasil: "Eu passo 180 dias do ano viajando o mundo inteiro, mas não venho tanto pra cá. O calor do público brasileiro, que canta e troca com a gente no palco, é incrível", diz.
"E também há a emoção de estar falando português, falando na nossa língua, da nossa cultura, com o nosso povo." Ela destaca duas canções que sempre a emocionam nas passagens por aqui: "'Isso aqui o que é?' que fala de quem somos, da nossa raça, e 'Desafinado', em que eu faço uma viagem, improviso, é sempre muito legal".
Apesar de não pertencer a um gênero musical considerado superpopular, em que o artista ganhe muita projeção, como o pop, por exemplo, Eliane conta que, por vezes é reconhecida.
"Eu vim da África pra cá, fiz um voo muito longo, da Cidade do Cabo para São Paulo, 11h de viagem, e os meus álbuns estão disponíveis na cia. aérea, na parte de jazz. Então, sempre que eu levantava para ir ao banheiro, alguém que estava me ouvindo me reconhecia e vinha falar comigo", brinca ela.
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