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Mulheres protagonizam um mundo em evolução


A história por trás da foto que virou símbolo de luta das mulheres no Sudão

Mulher no Sudão - Reprodução
Mulher no Sudão Imagem: Reprodução

Da Universa

13/04/2019 15h39

A imagem de uma mulher em cima do capô de um carro em Cartum, capital do Sudão, se tornou um símbolo de luta para as demais, em todo o mundo, mas principalmente em seu país, que luta contra a onda de desemprego, repressão e pobreza.

Viral nas redes sociais, a foto mostra a cidadã, uma mulher jovem e toda vestida de branco, conversando com as outras pessoas presentes enquanto usa as mãos para gesticular suas ideias, baseadas na necessidade de mobilização popular, como mostram vídeos gravados por quem estava presente.

Em entrevista à "CNN", Lara Haroun, fotógrafa responsável pelo clique, falou sobre o momento de sua captura e como ela se sentiu inspirada por essa personagem.

"Ela estava tentando dar a todos esperança e energia positiva, e ela conseguiu isso. Ela estava representando todas as mulheres e meninas sudanesas. Inspirou todas as mulheres e garotas no protesto. Ela estava contando a história das sudanesas. Ela era perfeita", relembrou.

Lara detalhou sobre como ver a imagem na tela do seu celular fez com que ela automaticamente entendesse a mensagem que ela passava.

"Eu imediatamente pensei: esta é a minha revolução e nós somos o futuro. Nós temos uma voz. Nós podemos dizer o que queremos. Precisamos de uma vida melhor".

A política para a mulher no Sudão

Os protestos no Sudão acontecem desde o início de 2018, mas ganharam força em dezembro, quando manifestantes incendiaram a sede do Partido do Congresso Nacional em Atbara.

A manifestação tem como intuito a manutenção de temas como o preço do combustível e do pão, alta inflação e a falta de dinheiro na economia. Os participantes dessa pediam pela renúncia do presidente Omar al-Bashir.

Segundo a organização "Human Rights Watch", as mulheres no país são presas constantemente pela escolha de suas roupas ou por estarem acompanhadas de homens que não sejam seus familiares. Castigos corporais, tais como açoitamento e apedrejamento, têm sido usados para puni-las por tais "infrações".