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"Eu Tu e Ela": o que a série pode nos ensinar sobre poliamor?

A série "Eu Tu Ela" traz um trisal como protagonista - Divulgação
A série "Eu Tu Ela" traz um trisal como protagonista Imagem: Divulgação

Mariana Kid

Colaboração para Universa

14/04/2019 04h00

"Eu Tu e Ela" é dessas séries que talvez passem despercebidas em meio aos milhares de títulos da Netflix. Mas a produção americana-canadense é muito mais do que apenas um seriado romântico de final previsível. E por isso chega à quarta temporada, com estreia na terça-feira (9), nos Estados Unidos -- ainda sem lançamento previsto no Brasil.

Para quem ficou interessado, a atração conta a história de um casal que sempre se deu superbem. Mas durante um momento de crise, o marido decide contratar uma acompanhante. É aí que a série passa a explorar dois assuntos mais do que atuais nas relações modernas: poliamor e bissexualidade.

A cereja do bolo vem dessa temática. Esqueça aquela historia de sexualizar demais as relações não monogâmicas ou apelar para a comédia 100% do tempo para manter a trama. Em "Eu Tu e Ela", Izzy e Emma podem ser eu, você, qualquer mulher comum que queria viver uma história livre, mas possível. Por que não? E se você ainda acha improvável que um namoro a três exista de fato, a gente lista por aqui o que a série nos ensina sobre relações de poliamor. Vem ver!

Sair da rotina

Izzy, Emma e Jack mostram que, quando se namora duas pessoas, pode ser mais fácil encarar a rotina e a monotonia que vez ou outra assolam as relações. Tem mais gente em casa para dividir a conchinha, o sofá, discutir o filme na televisão, promover um torneio de pôquer e até ajudar a arrumar a casa.

2 é bom, 3 é demais?

Mais gente, mais atritos? Mais DRs? Nem sempre. Mas também é necessário se adequar às manias do outro em dose dupla. Já pensou nisso? E sem querer dar spoiler, mas já dando, também vão existir momentos em que você está mais a fim de um parceiro do que do outro. Afinal, somos humanos, né?

Bissexual? Sim!

Na produção, a temática nos deixa uma lição: Quando resolvemos ficar com alguém do mesmo sexo, não é porque estamos carentes ou porque somos mal resolvidas. "Eu Tu e Ela" nos mostra que o interesse pode ser legítimo, sim. Que a gente pode vez ou outra viver uma história homossexual e tudo bem.

Poliamor é só mais uma forma de amar

Nos últimos tempos, novos formatos de relação se tornaram mais comuns. Tem gente até que abriu mão do conceito de amor romântico, da busca pela "tampa da panela" ou da "cara-metade" (quem nunca pensou nisso pelo menos uma vez na vida?). A procura pela liberdade no outro também trouxe à tona o desejo de ser livre.

O poliamor não menospreza o sentimento e nem torna banais as relações. Apenas dá espaço para que quem queira possa pulverizar seus sentimentos e as relações afetivas. Mas vale lembrar: é importante estar disposto e aberto, para que a experiência seja vivida com leveza, afinal é isso que muita gente busca.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado anteriormente, o nome correto da personagem é Izzy. A informação foi corrigida.