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Inglesa com alopecia conta como superou perda dos fios: "cabelo não é tudo"

Jo Tucker - Reprodução
Jo Tucker Imagem: Reprodução

da Universa

24/04/2019 11h59

Depois de semanas pensando que sua queda de cabelo tinha alguma relação com a última gestação, a britânica Jo Tucker, de 39 anos, recebeu a notícia de que tinha alopecia. Diante do diagnóstico, ela decidiu criar uma conta no Instagram para ajudar outras mulheres com o mesmo problema.

"Eu recebo milhares de mensagens de pessoas do mundo todo, o que é muito gratificante. Antes disso, eu não era a rainha das selfies, mas hoje eu posto fotos minhas quase todos os dias. Às vezes fico preocupada de que pareça em vão, mas estou fazendo isso para ajudar outras pessoas. Assim consigo criar uma troca", contou ao jornal inglês "Daily Mail".

Ela, que é mãe de Matilda, 10, Elsie, 6 e Ivy, 2, começou a notar a queda de cabelo em dezembro de 2017. Perto do Natal, os fios começaram a cair cada vez mais. Jo conta que começou a sentir muita coceira na cabeça.

"Entrei em pânico. Procurei por produtos milagrosos para crescimento de cabelo. Gastei muito dinheiro. Fiquei pensando: 'se parar agora consigo sobreviver com o que ainda me sobrou'. Tentei lavar e escovar menos. Mas estava fora de controle. Não importava o xampu ou produto que eu usasse, meu cabelo ainda caía".

Apesar de não ter havido alterações no exame de sangue, ela chegou a pensar que estava morrendo. Foi aí que recebeu um panfleto falando sobre a alopecia e marcou uma nova consulta no dermatologista.

"Tive que raspar o que sobrou do meu cabelo. Me sentia terrível. Zero atraente. Não me reconhecia no espelho. Eu estava parecendo uma batata. A hora de dormir era a pior. Eu tirava a maquiagem e não conseguia mais me lembrar quem eu era. Estava preocupada em meu marido não me desejar mais. Não queria que ele encostasse na minha cabeça", contou ela.

Jo conta que quis ensinar aos filhos a importância de não valorizar apenas a beleza física. "Não queria que eles ficassem perturbados. Quis mostrar que eles são crianças fortes, independente da aparência física".

Apesar de lidar bem com a doença hoje, ela explica que ainda prefere sair de casa usando uma peruca. "Evito ser o elefante no meio da sala. Meus filhos estão acostumados a me ver careca, mas quando estou em público não quero que fiquem me olhando. As pessoas geralmente presumem que estou doente ou fazendo quimioterapia. Não quero que as minhas crianças ouçam essas coisas e se preocupem", afirmou.

"Hoje tento ver os aspectos positivos da doença. A alopecia não me impediu de fazer nada. Na verdade me deu mais oportunidades. A perda de cabelo ainda é um tabu, especialmente para as mulheres. Já senti vergonha, mas agora sei que cabelo não é tudo. Então aceito o que aconteceu comigo", finalizou.