Após Nova York, Califórnia decide punir discriminação contra cabelo crespo
Nova York se tornou a primeira cidade dos Estados Unidos a transformar em lei a punição contra qualquer tipo de discriminação contra cabelos crespos. -- e, agora, o estado da Califórnia pode seguir o mesmo caminho.
Segundo o "The Independent", o projeto de lei do Senado 188, que proíbe o preconceito capilar racial no local de trabalho e nas escolas, foi aprovado por unanimidade na sexta-feira (26).
A ideia da senadora Holly J. Mitchell, autora do projeto, é "criar um local de trabalho respeitoso e aberto para cabelos naturais" e "desafiar mitos comuns sobre o que constitui profissionalismo".
Mitchell defendeu o projeto de lei com base na experiência de homens e mulheres negras -- como ela própria -- discriminados na sala de aula e no escritório.
"Até muito recentemente, uma busca de imagens do Google, por exemplo, 'penteados pouco profissionais' rendia apenas imagens de mulheres negras com seus cabelos naturais, ou usando tranças ou reviravoltas. Embora desanimador, esse fato não foi surpresa", disse a senadora.
Ela lembrou, ainda, que políticas consideradas neutras, como a de proibir tranças, turbantes e dreads para todos os funcionarios têm "peso especial" sobre a comunidade negra.
"Essas políticas são muito mais propensas a excluir os negros do local de trabalho do que as pessoas de qualquer raça", defendeu.
Agora, o texto deve seguir para o Comitê de Apropriações do Senado, que ainda não definiu a data para a discussão.
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