Jeniffer Nascimento: "Eu só entendi o preconceito após assumir o meu black"
Durante o lançamento da marca de comésticos Love Beauty and Planet, nesta segunda-feira (29), Jeniffer Nascimento falou à Universa sobre o processo de entendimento sobre o racismo do qual foi vítima por anos.
A atriz, de 25 anos, que brilhou em "Malhação" e foi a grande vencedora do reality musical "Popstar", contou ter usado química para alisar os cabelos desde os 5 anos de idade e não notado como o preconceito existia por estar em um ambiente predominantemente branco.
"Usava uma coisa chamada amaciamento, para tirar o volume. Como sempre estudei em escola particular, eu era uma das poucas pretas e cacheadas da escola. Sempre queria me encaixar nos padrões para ser aceita. Lá pelos 9 ou 10 anos de idade, queria fazer progressiva porque queria ter o cabelo liso igual das minhas amigas. Era louco, porque eu era aceita. Eu só entendi o que era o preconceito depois que assumi o black. Porque mesmo preta, eu me vestia como as brancas, mesmos penteados. Sem querer eu me escondia", opina.
Jeniffer falou ainda como a transição capilar vai muito além do fator estético, mas influencia na personalidade dessas mulheres que passaram anos sendo oprimidas pela forma dos seus fios.
"Passei por uma transição capilar e da vida. Foi uma libertação, as pessoas acham que é estético, mas só quem vive sabe a dimensão disso. Me tornei mais segura, comecei a me posicionar mais. Ainda é um processo, já que assumi meu cabelo há 5 anos, sendo que tenho 25. É uma evolução diária. Sempre tive muita vergonha por chamar a atenção, ser diferente. Hoje não, acho maravilhoso. Me sinto poderosa com meu cabelo, com o volume. Só depois que eu assumi meu cabelo e olhei para trás, vi que várias coisas aconteciam", opinou ela, dizendo ter poucas referências negras na sua adolescência, citando a Spice Girl Melanie B. e as atrizes Taís Araújo e Cinthya Raquel.
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