Gaga contesta lei contra aborto: "Preferem punir o médico ao estuprador?"
Nos Estados Unidos, as discussões sobre as leis contra aborto estão movimentando opiniões políticas da população, principalmente das mulheres. Lady Gaga foi uma delas, que usou sua visibilidade para se manifestar contra.
Em seu Twitter, a cantora, 33, se posicionou contra a decisão do Senado do Estado do Alabama, que decidiu por aprovar uma medida que proíbe o aborto quase inteiramente no estado - o que foi visto como uma "farsa" por Gaga.
"É um ultraje proibir o aborto no Alamaba, ponto final. É ainda mais hediondo excluir as mulheres que foram estupradas ou estão passando por incesto, consensuais ou não", escreveu.
A vencedora do "Oscar" continuou o discurso questionando quem esse tipo de lei pretende punir: os médicos que fazem esse tipo de procedimento ou os estupradores?
"Então agora há uma penalidade maior para os médicos que realizam o aborto do que para a maioria dos estupradores? Isso é uma farsa e eu estou rezando para todas as mulheres que sofrem na mão desse sistema", continuou.
No Alabama, uma nova medida pretende proibir o aborto -- exceto quando a vida da mulher estiver em perigo -- e punir os médicos que realizam o procedimento, com prisão de até 99 anos como pena.
Embora a governadora Kay Ivey ainda não tenha se comprometido publicamente com a nova medida, que passo pela Legislatura Estadual na terça-feira (14), espera-se que ela assine a legislação, alimentando o debate para que a Suprema Corte anule a decisão Roe vs. Wade, de 1973, que garante o direito ao aborto até a 24ª semana de gravidez.
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