Ativistas britânicas pedem que pornô de vingança se torne crime sexual
Ativistas pelos direitos das mulheres do Reino Unido estão em campanha para que o governo mude a legislação e trate casos de pornô de vingança como crime sexual. Se assim for, a vítima pode exigir que sua identidade seja mantida em anonimato.
Desde 2015, a lei britânica considera crime divulgar fotos ou vídeos íntimos sem consentimento, com pena de detenção de até dois anos. Mas, da maneira como existe hoje, não há garantia de proteção à vítima.
"A legislação não está funcionando", afirma Sophie Mortimer, diretora da Revenge Porn Helpline, grupo que oferece apoio e orientações a pessoas que têm imagens expostas.
A punição também não é suficiente -- tanto que o número de crimes praticados tem aumentado de maneira considerável. De 2015, quando a lei foi criada, para 2018, os casos investigados pela polícia britânica pularam de 852 para 1.853 ao ano.
Desses casos, um terço das pessoas desiste de dar continuidade ao processo, muitas vezes por medo e vergonha, já que seus nomes são expostos.
Para Sophie, os policiais que recebem as denúncias nas delegacias deveriam estar preparados para garantir o anonimato das vítimas, o que não é a realidade. "Isso significa que só metade do trabalho está sendo feito."
No Brasil, o compartilhamento de imagens íntimas é considerado crime contra a dignidade sexual, com pena de um a cinco anos de prisão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.