Congressista dos EUA relembra aborto e defende: "Direito de escolher"
Pramila Jayapal, uma congressista democrata dos EUA, relembrou o aborto que enfrentou 22 anos atrás em um artigo para o "The New York Times". Foi a primeira vez que ela discutiu publicamente ter sofrido um aborto.
"Eu nunca falei sobre meu aborto. Eu sentia que não devia discutir isso porque é uma decisão intensamente pessoal. Mas decidi falar porque me preocupo muito com os recentes esforços para acabar com a escolha e os direitos constitucionais de grávidas ao criminalizar o aborto", pontuou.
Após os médicos revelarem os riscos que ela corria com a gestação e a possibilidade do nascimento prematuro do bebê, ela tomou a difícil decisão. "Eu não poderia ter aquele filho de maneira responsável. Foi uma decisão que quebrou meu coração, mas foi a única que poderia ter feito", pondera.
O desabafo de Pramila acontece ao mesmo tempo em que estados como a Geórgia, o Alabama e a Luisiana estão aprovando leis para banir ou restringir o aborto para a maioria das mulheres. A congressista não menciona os estados, mas fala sobre como foi viver num lugar que permitia que mulheres, ricas ou não, tomassem a decisão sobre sua gravidez e o aborto.
"Tenho sorte de viver num estado onde o direito de grávidas tomarem decisões sobre os próprios corpos é protegido, onde mulheres pobres ainda podem pagar um aborto, sem encontrar barreiras", dispara. "Eu não condeno os legisladores que são contra o aborto por conta própria. Mas como pessoas eleitas, eles devem se comprometer a preservar o direito constitucional dos outros de escolher", conclui Pramila.
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