Topo

Busy Phillipps: "Permitimos que minoria antiaborto se tornasse barulhenta"

A atriz americana Busy Phillipps - Reprodução/Instagram
A atriz americana Busy Phillipps Imagem: Reprodução/Instagram

Da Universa

22/06/2019 14h20

A atriz americana Busy Phillipps tem mostrado uma postura crítica em relação ao endurecimento das leis de aborto nos Estados Unidos. Ela já se pronunciou em entrevistas e até em uma audiência no Congresso, em que falou sobre o aborto realizado aos 15 anos.

Ao jornal "The Guardian", Busy voltou a falar do tema, defendendo o aborto legal e seguro e dizendo que é hora do movimento pró-aborto "falar mais alto".

"Permitimos que a minoria antiaborto se tornasse barulhenta e ocupasse esse espaço", afirma, referindo-se à onda pró-vida que tem exigido leis mais duras dos estados para acesso à interrupção de gravidez gratuita. "Esta é uma questão de saúde da mulher que afeta milhões e milhões de americanas, milhões de mulheres e pessoas em todo o mundo", disse. "Se quisermos assumir o controle, temos que estar dispostos a falar mais alto sobre isso."

Busy ainda falou sobre questões relacionadas com o corpo e a sexualidade da mulher. E como a vergonha permite que outras pessoas os controlem. "As mulheres têm muita vergonha ao lidar com seus corpos e sua sexualidade", diz ela. "Mas acho que a maioria de nós chegou ao ponto em que não estamos mais dispostas a nos envergonhar."

Depoimento no Congresso

No dia 4 de junho, Busy participou de uma audiência no Congresso americano. Aos parlamentares, ela relembrou o aborto que fez aos 15 anos e reforçou como jovens, nessa mesma idade, hoje encontram obstáculos para fazer o mesmo.

"O aborto é uma questão de saúde e não deve ser tratado como diferente de qualquer outra. Estou triste que temos que nos sentar aqui diante de uma fila de políticos e dar declarações profundamente pessoais porque o 'por que' não importa. Não deveria importar. Eu sou um ser humano que merece autonomia neste país, que se diz livre, e escolhas que um ser humano faz sobre seus próprios corpos", falou.