Britânicos estão usando óleo de cozinha para se bronzear: quais os riscos?
Modas sempre acabam voltando, mas algumas deveriam ficar para trás. O hábito de usar óleo de cozinha como bronzeador, comum na década de 1970, está reaparecendo, pelo menos segundo uma pesquisa britânica promovida pela Asda.
De acordo com os dados, mais de um quinto dos britânicos estão usando óleo de cozinha para atingir o sonhado bronzeado. A suposta ideia é de que o óleo aceleraria o bronzeamento, mas especialistas rebatem, garantindo que a substância não oferece proteção contra os raios UV e ainda se aquece com o sol, causando lesões e queimaduras na pele.
"Esses óleos de cozinha, assim como o azeite, podem provocar queimaduras, pois eles não têm proteção solar contra os raios UVA e UVB. E eles funcionam como se fossem uma lupa, com a capacidade de absorver dez vezes mais a radiação solar. E isso pode provocar queimaduras graves, até de terceiro grau", afirma o dermatologista Herbeth Sobral, da clínica Mais Excelência Médica, de São Paulo.
A pesquisa do Reino Unido ainda revela que pelo menos um terço dos britânicos nem mesmo se preocupa em passar protetor solar, mesmo que 1 a cada 10 já tenha sofrido graves queimaduras por exposição ao sol. Além do óleo de cozinha, o óleo de coco também é usado, de maneira inadequada, para bronzeamento. Nenhum deles é indicado, a não ser os óleos próprios para bronzear.
"A diferença dos bronzeadores com óleos que podem ser utilizados é que eles têm fator de proteção solar e conseguem absorver uma parte dessa radiação sem deixar que a pele sofra os danos da radiação solar, como o câncer de pele. E tem uma substância que ativa a capacidade da pele de produzir mais pigmento, que é a melanina", explica Herbeth.
"Quando se expõe ao sol, a defesa das nossas células diante a radiação é a produção do pigmento, pois ele protege contra o câncer de pele. Então é natural produzir mais pigmento. E esses bronzeadores que são permitidos, ajudam a aumentar a quantidade de pigmentos que são produzidos, principalmente os que tem tirosina, uma substância que acelera essa produção de pigmento ao mesmo tempo em que protege a pele da radiação UVA/UVB", conclui o doutor.
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