Topo

Transforma

Mulheres protagonizam um mundo em evolução


Ariana Grande faz 26 anos: relembre 5 vezes em que ela deu voz às mulheres

Ariana Grande - Reprodução/Instagram
Ariana Grande Imagem: Reprodução/Instagram

Da Universa

26/06/2019 12h45

Ariana Grande se faz gigante quando o assunto são os direitos das mulheres. A artista, que tem colecionado fãs no mundo inteiro não apenas pela sua música, mas também por seus discursos empoderados, se tornou a artista feminina com mais seguidores no Instagram, superando Selena Gomez, que foi durante anos a rainha suprema da rede social. Ao todo são mais de 158 milhões de pessoas que acompanham a jovem.

O feminismo é herança de família. E ela já falou bastante sobre o tema. Sua tia, a jornalista Judy Grande, indicada ao prêmio Pulitzer, morreu de câncer em 2008, mas lhe deixou um verdadeiro legado. "Sinto como se fosse minha responsabilidade continuar essa luta. Sou uma mulher então eu encaro a minha cota de desigualdade, misoginia e ignorância diariamente", contou.

Não à toa, além de estrela pop também se tornou um ícone feminista e seus discursos empoderados têm ajudado a combater o machismo e a forma como as mulheres são objetificadas e subjugadas pela sociedade. Por isso, no dia em que ela completa 26 anos, reunimos cinco momentos em que Ariana Grande representou as mulheres no Twitter:

1. Ao se sentir ofendida por um homem:

"Fui buscar comida com o meu namorado essa noite e um jovem nos seguiu no carro para dizer ao Mac que era seu grande fã. Ele falava alto e estava muito empolgado. Em um momento Mac estava sentado com o cinto de segurança e ele estava literalmente quase dentro do carro com a gente. Pensei que tudo aquilo fosse fofo e excitante até ele dizer: 'Ariana é sexy eu vi você, eu vi você comendo ela'. Comendo ela? O quê? Isso pode não parecer grande coisa para muitos de vocês, mas me senti mal e objetificada. Eu também estava sentada lá quando ele disse isso (?) Fiquei quieta e me senti machucada a partir daquele momento. Coisas como essa acontecem o tempo todo e são esses momentos que contribuem para esse senso de medo e inadequação das mulheres. Eu não sou um pedaço de carne que um homem utiliza para seu prazer. Sou um ser humano adulto em um relacionamento com o um homem que me trata com amor e respeito. Machuca meu coração que tantos jovens se sintam confortáveis o suficiente para usar frases como essa e objetificar as mulheres com tanta facilidade. Senti a necessidade de falar sobre isso abertamente porque eu sei muito bem que grande parte das mulheres sabe a sensação de falarem sobre você publicamente de um jeito desconfortável ou que os homens tirem vantagem. Nós precisamos falar sobre esses momentos abertamente porque eles prejudicam as nossas vidas e vivem dentro de nós como vergonha. Nós precisamos falar e compartilhar quando alguma coisa nos deixar desconfortável, porque se não fizermos, isso vai continuar. Não somos objetos ou prêmios. Somos rainhas."

2. Depois de ser criticada por ser sensual demais:

Ver um momento de "mas olha como você se porta nos vídeos e na sua música. Você é tão sexual"…. por favor. Expressar a sexualidade não é um convite para o desrespeito. Assim como vestir uma saia curta não é pedir para ser assediada. São escolhas das mulheres. Nossos corpos, nossa música, nossas personalidades… Sensuais, que gostam de flertar, divertidas. Não é um convite aberto. Vocês estão, literalmente, dizendo que se nós tivermos uma certa aparência, nós somos suas. Mas nós não somos. É nosso direito de expressão", concluiu.

3. Quando teve seu corpo comparado ao de outra mulher:

"Vivemos em uma época em que as pessoas tornam impossível para que mulheres, homens e qualquer pessoa abracem quem são. Diversidade é sexy. Amar a si mesmo é sexy. Você sabe o que não é sexy? Misoginia, objetificação, comparações e body shaming. Falar sobre o corpo das pessoas como se elas estivessem em exibição pedindo por sua aprovação/opinião. Elas não estão! Celebre você mesmo. Celebre os outros".

4. Ao desabafar sobre mulheres serem rotuladas como ex-namoradas/noivas/mulheres de alguém:

"Estou cansada de viver em um mundo onde mulheres são sempre referidas como a ex, atual, ou futura propriedade de um homem. Eu… não. Não pertenço a ninguém além de mim mesma. E nem você pertence a ninguém além de si mesma. Se uma mulher transa muito (ou apenas transa), ela é uma 'vadia'. Se um homem transa… Ele é o maioral. O rei. Se uma mulher fala de sexo abertamente, ela é envergonhada! Mas se um homem fala, ou faz um rap abertamente sobre todas as mulheres (ou, mais frequentemente, as 'vacas') com quem ele já saiu, ele é aplaudido. Se uma mulher é vista com um amigo com um pênis, imediatamente assumem que eles estão tendo um romance ou estão indo para a cama e ela é rotulada! Se um homem é visto com uma mulher… O status dele é elevado/celebrado. Sei que todos vocês reconhecem que esse duplo padrão e a misoginia ainda sobrevivem. Mal posso esperar para viver em um mundo onde as pessoas não são valorizadas por com quem elas estão saindo/casadas/relacionadas/transando (ou não)/vistas, mas por seu valor individual".

5. Quando falou sobre a importância de termos saúde mental:

"Isso é curioso, mas com toda a honestidade a terapia salvou minha vida tantas vezes. Se você tem medo de pedir ajuda, não fique. Você não precisa estar em constante dor e pode processar o trauma. Tenho muito a fazer, mas estar ciente de que é possível é um começo."