Sem trabalho fixo? 12 dicas de mulheres freelancers para viver bem
Não ter emprego fixo é realidade para muitas brasileiras, não apenas por necessidade, mas também por opção. Só que ser chefe e funcionária ao mesmo tempo não significa uma rotina fácil.
Ao contrário, exige um tanto de organização no dia a dia, além da necessidade de desenvolver novas habilidades.
Aqui, cinco mulheres freelancers contam o que fazem para que este estilo de vida, que envolve as esferas pessoal e profissional, dê certo.
Ser extremamente comprometida
Quem é dona do próprio negócio e precisa conquistar credibilidade (e, por consequência, novos clientes) tem que se se esforçar mais para que seu trabalho seja perfeito, já que é o próprio nome em jogo numa prestação de serviço. Portanto, é imprescindível ser pontual com as entregas, organizada e comprometida com os resultados. "Trabalhar com um check-list de tarefas ajuda para que nada seja esquecido", sugere Cida Ayres, produtora artística.
Ter área própria para trabalho
Quando começou a atuar como freelancer, Hel Silva, diretora de arte e produtora audiovisual, ficava no próprio quarto para trabalhar. Não precisou muito tempo para sentir que o esquema afetava sua saúde mental. "Ficava o dia inteiro trabalhando e resolvendo mil problemas com clientes ali. Comecei a me sentir desmotivada e não conseguia mais dormir direito. Precisei encontrar um outro ambiente na casa para melhorar a produtividade", relata.
Recorrer a um bullet journal
Manter todas as tarefas do dia anotadas foi um dos recursos mais eficientes para a organização de Raquel Drehmer, jornalista e tradutora. "Cada página corresponde a um dia. Listo os compromissos de cada dia, separando-os em profissionais, pessoais, financeiros (pagar contas, emitir notas fiscais etc.) e outros. Quando um compromisso é cumprido, risco o item da lista. Se não consigo fazer algo, jogo para o dia seguinte ou o mais adequado", conta ela, que prefere o bullet journal físico, escrito a mão. A versão online também pode ser eficiente.
Saber o valor da sua hora
É indispensável que todo freela conheça o custo real do seu trabalho para cobrar o preço justo pelo seu serviço, conseguindo rentabilidade. Para chegar ao valor, deve considerar todas as despesas envolvidas na realização do serviço, incluindo despesas pequenas do dia a dia, ferramentas de trabalho e tempo de deslocamento para reuniões, por exemplo. "Caso contrário, acaba criando um ciclo, com a necessidade de ter muitos projetos, para pouco retorno", comenta Luciane Costa, especialista em marketing digital.
Reservar agenda para cuidados pessoais
Abrir espaço na programação para se cuidar também faz parte da logística adotada por Raquel Drehmer. "Reservo um período de um dia da semana para consultas médicas e cuidados pessoais -- cabeleireiro, manicure, depilação etc. Esses compromissos quebram o ciclo de trabalho e não é legal interromper todos os dias", acredita ela, que destina a manhã ou tarde de quarta-feira para tais questões. Quando não há nada agendado, aproveita para descansar um pouco.
Buscar clientes no mundo real e virtual
Há plataformas virtuais que conectam clientes e freelancers, com boa oferta de trabalho, mas remuneração bem abaixo do mercado, segundo Luciana Costa. Ela, que mantém um blog contando como é viver de freela, indica encontrar oportunidades prospectando clientes em redes sociais profissionais, como LinkedIn. Importante também é ampliar continuamente o network. Participar de eventos e cursos (gratuitos, inclusive) na área de atuação é boa oportunidade para conseguir mais contatos e até novos clientes.
Dominar mais de um idioma
É cada vez mais importante o domínio de uma segunda língua para ampliar as possibilidades de trabalho. Atender clientes do mercado externo é uma das facilidades para quem vive de freelas e atua remotamente, já que não é preciso estar presente fisicamente em uma empresa. Nessas ocasiões, falar inglês e/ou espanhol faz bastante diferença, como aponta Cida Ayres.
Acordar mais cedo que filhos
Mães freelancers sabem bem como os filhos demandam atenção e não entendem muito que elas não podem dar atenção em tempo integral. "Como é muito difícil desligar completamente, quando há trabalhos que não podem ser interrompidos, deixo para fazê-los antes de minha filha acordar ou depois que ela vai dormir", revela Raquel Drehmer. Já Lia Vicente, profissional de marketing, reserva todas manhãs para as demandas dos filhos -- natação, médico, dentista etc. -- e, quando eles vão para a escola, foca 100% em seu trabalho. "É muito importante respeitar essa disciplina para não misturar as coisas, já que trabalho em casa", acredita.
Ser organizada financeiramente
Na empreitada individual, uma questão obrigatória é aprender a se organizar e administrar o dinheiro recebido em cada trabalho, considerando as despesas fixas mensais e sempre mantendo uma reserva financeira para imprevistos. "Ser freela significa não ter jobs com data certa mensalmente", lembra a produtora artística.
Oferecer mais de um serviço
A versatilidade necessária no dia a dia também é bem-vinda para garantir que não faltem trabalhos, muito por conta da sazonalidade de demandas. Hel Silva conta que há meses com muitas requisições de um tipo de serviço e outros em que os pedidos são minguados, enquanto surgem demandas da outra área "Se não atuasse em duas frentes, na direção de arte e na produção audiovisual, talvez não tivesse trabalho todo mês", relata.
Gerenciar imprevistos
Quem trabalha por conta própria precisa saber driblar imprevistos, mais que qualquer outra pessoa. Isso acontece, principalmente, quando surgem trabalhos com prazo apertado, cena bem comum no mundo freelancer. Nessas horas, é preciso um fôlego extra para tudo dar certo. "Tem momentos que tudo acontece ao mesmo tempo e eu preciso trabalhar mais do que o normal. Às vezes, preciso fazer malabarismo para entregar tudo com qualidade. É um exercício de equilíbrio muito grande para quem atua de forma mais autônoma", pontua Lia Vicente.
Trocar a casa por outros espaços
Ficar muito tempo só é reclamação constante da turma freelancer. A falta de contato com outras pessoas motiva Hel Silva a trocar o home office por coworkings de vez em quando. "Numa empresa, quando se tem um problema, você consegue conversar com quem está no seu lado, pedir opinião, o que não ocorre quando se está sozinha. Por isso, de vez em quando, procuro marcar com amigos autônomos de trabalhar em algum lugar. A gente passa o dia trabalhando, mas acaba conversando sobre outros assuntos, e isso dá uma aliviada", garante.
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