Dona do seu prazer: 6 coisas no sexo que você precisa fazer por si mesma
No auge do início dos movimentos de liberação sexual feminina, na década 1970, a educadora sexual norte-americana Betty Dodson, ainda na ativa aos 89 anos, preconizava que toda mulher deveria assumir a responsabilidade pelo próprio prazer. Suas ideias foram imortalizadas no livro "Sex for One: the Joy of Selfloving" ("Sexo para Um: a Alegria do Amor-Próprio", em tradução livre), publicado em 1987 e até hoje uma obra de referência a respeito da sexualidade feminina.
Após períodos mais ou menos conservadores, a atual quarta onda do feminismo repercute vários ensinamentos de Betty, em especial aqueles que indicam que a chave para o orgasmo feminino não depende de um par. Segundo especialistas, há coisas no sexo que só a mulher pode fazer por ela mesma. Confira algumas:
Descobrir o que o seu corpo quer
Mais do que uma ferramenta de prazer, a masturbação é um exercício de autoconhecimento que permite identificar seus pontos sensíveis, as suas carícias preferidas, o ritmo e a intensidade que mais funcionam para você. Por ser praticada sozinha, você pode se dedicar o tempo que quiser à exploração. A partir das descobertas, você se tornará capaz de guiar outra pessoa por suas zonas erógenas e preferências particulares.
Pegar um espelho e explorar o próprio corpo
Há muitas mulheres que, embora saibam como o corpo feminino funciona sob o ponto de vista fisiológico, desconhecem totalmente a própria anatomia. Sentar-se com um espelho de frente para a vagina permite que você observe com cuidado toda a vulva. Além de identificar onde ficam os grandes e pequenos lábios e o clitóris, se você usar os dedos ou um vibrador durante a exploração, vai conseguir perceber as modificações na sua vulva à medida que a excitação for avançando.
Entender que ninguém dá prazer para o outro
O prazer depende única e exclusivamente de cada um. Conhecendo o seu prazer, será mais fácil perceber quais são as suas vontades e o que precisa ser feito para alcançar o gozo e assumir uma postura proativa para conseguir o que deseja.
Pensar em estratégias para realizar fantasias
Seja lá o que for que você tem vontade de realizar na cama, não fique esperando que alguém adivinhe seus pensamentos e faça a proposta: fale abertamente o que deseja. Nem sempre a sua fantasia vai coincidir com a do seu par, mas a conversa abrirá espaço para que o casal trace acordos e combinados — o que é fundamental em qualquer relacionamento. Lembre-se: sexo bom é sexo consensual. Cabe a você decidir seus limites e até onde está disposta ou não para concretizar uma fantasia.
Perguntar a si mesma: eu sinto prazer pela vida?
É fato: o prazer sexual está intimamente ligado ao prazer que se tem em todas as áreas da existência. Assim, vale a pena estar atenta e, de tempos em tempos, fazer uma autoavaliação de como anda a sua vida. Trabalhar os pontos de conflito ou insatisfação no seu dia a dia podem trazer, como brinde, mais alegria na cama.
Encher-se de estímulos
No início de qualquer paixão, ninguém precisa de estímulo para se excitar. A outra pessoa e o sabor de aventura de qualquer começo de relação já são suficientes para ficar a maior parte do tempo num estado de tesão. Com o tempo, esse ânimo esfria — mas não morre. E, mais do que esperar que o par tratar de incentivá-la, é você quem precisa cuidar disso. Como? Pensando em sexo, falando do assunto, tomando atitudes que a façam se sentir sexy, ouvindo músicas excitantes, puxando as memórias sexuais, lendo contos eróticos, pensando em sacanagem, antecipando o que ainda vai experimentar.
Fontes: Karin Rupp, terapeuta sexual, de Curitiba (PR); Mônica Bayeh, psicóloga clínica e psicoterapeuta do Rio de Janeiro (RJ), e Tatiana Presser, psicóloga e sexóloga autora do livro "Vem Transar Comigo" (Ed. Rocco)
*Com matéria publicada em 04/07/2019
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