Aborto: 60% dos americanos querem a legalização da interrupção da gravidez
O número de americanos favoráveis à legalização do aborto na maioria dos casos é o maior nas últimas duas décadas. Segundo uma pesquisa realizada pelo Washington Post e pela ABC News, 60% dos cidadãos querem que a interrupção da gravidez seja legal.
Em 2013, último ano em que uma pesquisa sobre aborto foi realizada nos Estados Unidos, apenas 55% da população era favorável ao aborto legal. A pesquisa mostra, ainda, que 36% da população é contra a descriminalização da interrupção da gravidez em todos ou na maioria dos casos. O dado também é o mais baixo das últimas duas décadas.
O aumento no apoio ao aborto legal aconteceu, segundo a pesquisa, devido às mulheres eleitoras independentes (foi um aumento de 16 pontos percentuais. Hoje, essas mulheres que querem o aborto legal somam 71%). Entre os democratas, o número também cresceu exponencialmente: 12 pontos percentuais. Hoje, 77% deles apoiam a descriminalização.
Uma pluralidade de 41% de americanos quer que seus próprios estados não interfiram no acesso ao aborto. Menos (32%) dizem que seus estados deveriam facilitar e, menos ainda (24%) afirmam que seus estados deveriam dificultar o acesso das mulheres ao aborto.
Muitos estados aprovaram recentemente leis para limitar o aborto, e alguns, como a Geórgia, tentaram bani-lo efetivamente. Muitas dessas restrições estão sendo contestadas e podem eventualmente acabar na Suprema Corte.
Mesmo nas fileiras partidárias, permitir ou proibir o aborto em todos os casos é uma posição minoritária.
Entre os democratas, 77% dizem que o aborto deve ser pelo menos legal, mas pouco mais de 4 entre 10 (42%) dizem que deve ser legal em todos os casos. Entre os republicanos, 52% dizem que deveria ser pelo menos em grande parte ilegal, mas menos de um quarto, 22%, quer que seja ilegal em todos os casos.
Examinando as médias anuais nas opiniões sobre o aborto nas pesquisas Post-ABC e Pew Research Centre, desde meados da década de 1990, o apoio ao aborto legal só foi tão alto como hoje em 1995, antes de o país ter vivido uma diminuição na taxa de abortos.
A oposição ao aborto foi maior em 2010, quando 45% dos americanos disseram que deveria ser ilegal na maioria dos casos e 52% disseram que deveria ser legal.
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