Facebook e Instagram começam a banir conteúdos pró-anorexia e bulimia
As redes sociais Facebook e Instagram vão banir imagens de costelas, barrigas negativas e "vãos" entre as coxas que romantizam distúrbios alimentares. A decisão foi tomada após pressão de diversas instituições e ativistas.
As mídias afirmam que estão reforçando suas regras de postagem para evitar publicações que defendem, por exemplo, a perda de peso drástica e nada saudável.
A ideia, segundo o portal de notícias britânico Telegraph, é combater os chamados conteúdos "pró-ana" [anorexia] e "pró-mia" [bulimia]. Essas tags envolvem, por exemplo, conteúdos que enaltecem as práticas e ocultá-las de pais e médicos.
"Nada é mais importante para nós do que manter as pessoas que usam nossas plataformas em segurança —especialmente as mais vulneráveis", disse uma porta-voz do Facebook ao jornal. "Não permitimos e nunca permitiremos conteúdo que incentive ou promova distúrbios alimentares. Se ele existir, vamos eliminá-lo assim que tivermos conhecimento dele".
Segundo a fonte, já era assim. No entanto, com as novas regras, conteúdos não-explícitos também serão monitorados e banidos. "Especialistas concordaram que certos tipos de conteúdo que anteriormente eram permitidos podem ser promover os distúrbios devido ao contexto em que são compartilhados."
O Facebook já havia banido imagens de autoflagelação, como ferimentos, em fevereiro, depois de uma onda de indignação pública com a morte da adolescente britânica Molly Russell, cujo pai disse que o Instagram "ajudou a matar minha filha".
Em março, uma investigação da BBC descobriu que o conteúdo do distúrbio alimentar estava "fora de controle" no Instagram, com crianças trocando fotos de perda extrema de peso e conselhos sobre como alcançá-lo.
A nova política, que foi aprovada pelo conselho de regras do Facebook em setembro e entrou em vigor na semana passada, proíbe conteúdo focado em "costelas, ossos do colarinho [a "saboneteira", lacunas na coxa, quadris, barrigas negativas, espinha ou escápula" quando compartilhado em combinação com termos associados a distúrbios alimentares.
Algumas dessas imagens são permitidas desde que compartilhadas "em um contexto de recuperação", mas estarão ocultas por trás de uma tela de sensibilidade que avisa aos usuários sobre a delicadeza do conteúdo. A empresa disse que consultou jovens advogadas, acadêmicos e ONGs especializadas em transtornos alimentares no Reino Unido, nos EUA e na Irlanda.
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