Conheça 3 aplicativos para denunciar casos de homofobia
Desde junho, quando o STF decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo, aplicativos têm sido criados para levantar estatísticas, indicar representantes legais ou mapear locais de risco para LGBT.
Na esteira da criminalização, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia. De acordo com uma das coordenadoras do app, Tiziane Machado a busca pelo serviço cresceu significativamente nas últimas semanas.
"Um terço das pessoas que entra na plataforma diariamente está em busca de informações sobre direitos LGBT. Houve um crescimento também do lado dos advogados cadastrados que oferecem esses serviços", afirma.
O aplicativo é gratuito para usuários, os advogados é quem pagam para poder utilizá-lo. De acordo com Tiziane, todos os profissionais têm seus registros checados na OAB e podem gerar conteúdo.
Informação e segurança
Um casal gay, amigo de Italo Alves, um dos fundadores da Todxs, foi expulso de um restaurante em Fortaleza, pois estava de mãos dadas. O casal saiu do restaurante e não tomou nenhuma providência, pois não sabia que existia uma lei municipal (9885/12) que multa estabelecimentos que cometem homofobia.
"Nesse momento, percebemos a necessidade de criar um espaço onde as pessoas LGBT do Brasil pudessem consultar as leis de proteção à nossa comunidade. Foi então que surgiu a Todxs, uma organização de educação e transformação", diz o diretor de comunicação do aplicativo, Paulo Vitor Matos.
Além do canal de consulta à legislação, a ferramenta disponibiliza informações sobre organizações em todo o Brasil que trabalham em prol da comunidade, e possui um espaço para denúncias de violência.
Quando uma pessoa sofre agressão, ela a descreve no aplicativo e, assim, ajuda a mapear locais inseguros para LGBT. Eles já receberam cerca de 200 ocorrências. Já a consulta legislativa, foi acessada por 10 mil usuários.
Botão de pânico deve ser lançado este ano
Foi durante as últimas eleições, quando surgiram relatos de casos de homofobia, que o arquiteto e urbanista Bruno Jordão de Miranda, 25, e alguns amigos tiveram a ideia do aplicativo Nohs Somos.
No último mês de março, ele sentou-se com os amigos Hottmar Loch, Nadyne Garcia, Felipe Figueira, Douglas Gimli e, juntos, deram forma ao projeto. Atualmente, o aplicativo busca investimentos. De acordo com Miranda, são necessários R$ 88 mil; e 36% deles foi arrecadado. A ferramenta deve ser lançada até o fim do ano em Florianópolis (SC), cidade-sede da Nohs Somos, e em 2020 em todo o país.
"Será uma rede de apoio mútuo para situações de emergência. Terá um 'botão do pânico', em que pessoas próximas receberão localização e sinalização do que está acontecendo com a vítima. E também um mapeamento de locais seguros, apontados pelos próprios usuários, bem como uma lista de serviços que prestam assistência a pessoas LGBT", explica.
Recentemente, a Rappi criou um QR Code com o objetivo de levantar doações para a criação do aplicativo.
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