Como cobrir as cicatrizes com tatuagens pode inspirar um recomeço de vida?
Todo mundo carrega cicatrizes no corpo, algumas visíveis outras não. Algumas pessoas escondem, outras preferem usá-las como ferramenta de autoajuda, afinal elas fazem parte, de alguma forma, de suas vidas.
Pensando nisso, a tatuadora Helô publicou em seu Twitter o seu novo projeto: "Meu Recomeço". Nele, ela propõe artes gratuitas para quem tem marcas do passado, como cicatrizes de automutilação.
"Esse projeto consiste em fazer tatuagens totalmente gratuitas a pessoas que têm marcas de um passado não muito bom em suas vidas. Se você for uma dessas pessoas ou conhece alguém que possa interessar me mande mensagem", escreveu ela, que é de Curitiba, no Paraná.
O projeto, além de despertar o interesse de muitas pessoas, despertou também relatos de pessoas que já passaram por esse procedimento. Em tuítes, eles narraram como foi transformador colocar um ponto final em suas dores.
"Decidi deixar essa parte da minha vida para trás, esquecida debaixo da tinta":
"Me sinto muito melhor com a tatuagem":
"Hoje em dia eu as olho com amor e sempre me lembro de um motivo pra não me machucar mais":
"Eu precisava virar essa página, um recomeço":
"Apenas quem tem certas cicatrizes sabem da lembrança constante do que elas eram, e como toda a dor pode se transformar em arte":
"Nos meus picos da depressão, tatuei algo para meu anjo (Kim NamJoon), assim eu não me corto mais":
Automutilação é questão de saúde mental:
A maior prevalência de automutilação, prática conhecida também como cutting, acontece entre a pré-adolescência e a idade do adulto jovem, ou seja, dos 12 aos 30 anos. Nos Estados Unidos, estima-se que uma a cada 200 garotas entre 13 e 19 anos se automutile, conforme dados trazidos pela autora Kathleen Glasgow.
De 2011 a 2016, cresceu 204% a quantidade de pessoas que se cortam, de acordo com o Ministério da Saúde. A incidência é maior entre mulheres: dos 45.468 casos registrados em 2016, 30.013 eram da população feminina. Do total das automutilações, 27,4% foram tentativas de suicídio.
Os dados a respeito do assunto são incertos, visto que nem todos são notificados aos sistemas de saúde. Além disso, essas automutilações normalmente vêm acompanhadas de sentimentos como vergonha e arrependimento, o que leva esses jovens as esconderem.
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