Marcha das Mulheres Negras reúne 7 mil pessoas em São Paulo
Na última quarta-feira, 25, 7 mil pessoas foram às ruas protestar contra o racismo, o machismo, a violência, a fome e a precarização da saúde pública e trabalho na 4ª Marcha das Mulheres Negras, em São Paulo.
A concentração do ato aconteceu às 17h na Praça da República e ecoou vozes de personalidades como Leci Brandão e as poetas Luana Hansen e Ingrid Martins. Por volta das 19h, a mobilização seguiu pela região central da cidade e terminou no Largo do Paissandú.
Além de se unirem para reivindicar direitos básicos e condições mínimas para a vida das pessoas negras, as ativistas também gritaram contra os cortes do Ministério da Educação (MEC) na verba que é dedicada a educação no Brasil.
De acordo com Rosangela Martins, a marcha é em prol da vida plena de mulheres negras e busca que estas consigam ocupar todos os espaços. "Por muito tempo nossa voz não foi ouvida, mas hoje tem potencial para isso. Trouxemos mulheres jovens, experientes, de terreiro, da academia e do quilombo para ocupar todos os espaços", diz.
Rosangela é da Uneafro, rede de articulação e formação de moradores de regiões periféricas do Brasil.
Umas das articuladoras da marcha, Cinthia Gomes, também se pronunciou publicamente falando sobre o ato. "Somos as mais afetadas por esses cortes do governo, principalmente agora que começamos a ter mais acesso às universidades". Cinthia ainda lembrou que o protesto é de natureza autônoma e não conta com nenhum financiamento governamental, de empresas privadas ou partidos políticos.
A Marcha das Mulheres Negras acontece todo 25 de julho, especificamente, para homenagear o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela.
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