Ele só serve para o seu prazer: veja como estimular cada parte do clitóris

Olhe para baixo, entre as pernas. Aquela parte maiorzinha que você consegue ver é apenas, digamos, a ponta do iceberg de prazer que é o seu clitóris. Único órgão do corpo destinado exclusivamente à satisfação sexual, ele é bem maior do que parece.

Para se ter uma ideia, o clitóris tem entre 8 e 9 centímetros de comprimento — sim, quase do tamanho de um pênis em repouso — e conta com uma complexa anatomia interna. A boa notícia é que todas as partes que o compõem podem — ou melhor, devem! — ser estimuladas durante a transa ou a masturbação. Basta entender direito como tudo funciona.

O primeiro passo para tirar o máximo de prazer desse pequeno tesouro é conhecer bem o próprio corpo. Acredite, muitas sequer sabem onde fica o clitóris. Para isso, é recomendado usar um espelho diante da vulva para explorar o órgão.

Anatomia

O capuz ou a "cabecinha" do clitóris surge da união dos pequenos lábios e é feito do mesmo tecido erétil da glande do pênis, daí o fato de apresentar tanta sensibilidade.

Se você colocar seu dedo sobre o clitóris vai sentir uma espécie de "cosquinha" e perceber algo mais duro. Trata-se do corpo cavernoso. Ele segue em forma de duas 'pernas', chamadas crus ou crura, passa por dentro dos grandes lábios e termina nos bulbos clitorianos, abraçando a parte inferior do canal vaginal.

Cada uma das alças conta com 4 mil terminações nervosas na ponta, ou seja, são 8 mil no total! É por isso que a cabecinha é o ponto mais gostoso de se mexer para a maioria das mulheres.

E, como o clitóris é diretamente ligado a outros nervos, músculos e veias, a excitação faz com que haja um grande aumento de fluxo sanguíneo na região, levando-o a inchar não só por fora como por dentro. Ao inchar, ele acolchoa o canal vaginal e a parte em volta da uretra, levando a área a pulsar o sangue até a 'explosão', no orgasmo.

Vivendo deliciosamente

Resumo da história: seja interna ou externamente, o seu clitóris é uma região que merece ser analisada e descoberta em detalhes, pois é garantia certa de experiências deliciosas. Ao começar pela parte externa, saiba que o clitóris tem um funcionamento bem parecido com o do pênis: estimulada, a "cabecinha" fica ereta e pode até ganhar um aspecto mais arredondado.

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Se o estímulo ocorrer via sexo oral, ele não deve acontecer diretamente no capuz, pois pode causar incômodo. O ideal é que o par explore primeiro os arredores com a língua bem durinha, apenas com a ponta, em movimentos circulares sempre na mesma direção.

Depois que o clitóris ficar mais durinho, gorducho e avermelhado, a língua pode ficar mais "mole" e os movimentos devem variar: circulares, de baixo para cima, de cima para baixo, de um lado para o outro e por aí vai. Conforme a mulher vai ficando mais excitada, o homem pode introduzir um dedo da vagina e aumentar a pressão da língua. Com todo o clitóris bem inchado, sua parte interna também vai sentir o "impacto" do tesão e o orgasmo acontece.

Posições para ir além

Variar as posições sexuais também ajuda na estimulação do clitóris. Nada contra o papai-e-mamãe, mas, por exemplo, se a mulher juntar bem as pernas após a penetração, o estímulo clitoriano será bem intenso.

Outra boa posição é quando a mulher fica por cima, de frente para o homem, permitindo ao mesmo tempo que ele a penetre e estimule o clitóris manualmente. Essa estratégia permite o estímulo simultâneo da glande externa e do corpo interno do clitóris, produzindo bons orgasmos.

Também há a posição em que a mulher se deita com a barriga para baixo, em cima de um travesseiro. Com isso, garante que a penetração force o clitóris contra o travesseiro, proporcionando uma agradável pressão e, consequente, maior intensidade orgástica. Vibradores de casal, que permitem o uso conjunto com a penetração, são uma forma hi-tech de levar cada pedacinho de clitóris ao êxtase.

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Durante a masturbação, uma maneira de explorar com afinco as laterais externas é usando um bullet ou um sex toy específico para o clitóris, dependendo do estímulo que você prefere. Há os brinquedos que vibram, sugam, massageiam... Usar um lubrificante à base de água faz com que os dedos e o aparelho deslizem melhor, tornando a experiência ainda mais gostosa.

Fontes: Carla Cecarello, sexóloga e fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade); Rosely Salino, sexóloga; e Tatiana Presser, psicóloga e sexóloga, autora do livro "Vem Transar Comigo" (ed. Rocco)

*Com matéria publicada em 28/07/2019

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