Lil Nas X é gay, negro e o maior rapper do mundo hoje: "Eu dormia no chão"
Nesta segunda-feira (29), Lil Nas X quebrou um dos maiores recordes do mundo da música com "Old Town Road", parceria que conta com a participação de Billy Ray Cyrus, pai de Miley Cyrus.
Ao se tornar o artista com a canção no primeiro lugar das paradas pelo maior período de tempo, a notícia celebra não só uma nova página da indústria musical como também a ascensão de um artista negro, gay e de origem pobre.
"Cara, ano passado eu estava dormindo no chão da minha irmã, não tinha dinheiro, lutava para tocar as minhas músicas, sofrendo com dores de cabeças diárias. Agora, eu sou gay", brincou ele em sua conta no Twitter.
Se assumir gay para o público nunca foi um problema para o norte-americano. Como ele mesmo disse em um bate-papo com os fãs nas redes sociais, sua homossexualidade não estava "escondida", só não era pública.
A música "C7osure", lançada antes mesmo que ele tornasse pública sua orientação sexual, prova isso: "Falando a verdade/Eu quero e preciso me libertar/Usar meu tempo para ser livre/Não há mais atuações/Essa previsão diz que eu só deveria me deixar amadurecer", canta.
"Muitos de vocês já sabem, alguns não ligam, mas eu quero que vocês escutem essa música [C7osure]. Achei que [eu ser] era algo óbvio", disse Lil na época.
O sucesso do rapper não passou despercebido no Twitter. Por lá, lugar que reflete a opinião de grande parte do mundo, o fato do artista ser gay e negro serve como um estimulo para a comunidade e um toque de despertar contra a homofobia e o racismo.
Ressalta-se ainda que a consolidação de Lil Nas X nada contra uma maré política, que reprime e invalida a comunidade LGBTQ+ e as lutas levantadas pelos negros.
Tudo isso porque parte dos sucessos do rap norte-americano, lugar em que o gênero faz mais sucesso, ainda tem letras que objetificam mulheres e ridicularizam gays.
Recentemente, a "Old Town Road" ganhou ainda uma nova versão com o rapper sul-coreano Namjoon, artista conhecido no país -- ainda conservador -- por levantar bandeiras a favor dos direitos da comunidade LGBTQ+.
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