Ela só queria um casamento barato, mas fez um negócio que rende R$ 200 mil
Imagine que bom (e prático) seria localizar suas fotos preferidas no Instagram por meio da hashtag e imprimi-las automaticamente. Pois essa foi a tecnologia na qual a publicitária Deyse Jardim, 33 anos, de Curitiba, apostou suas fichas há cerca de um ano e meio, e rendeu a ela um novo papel: o de empresária.
"Tudo começou com a nossa vontade de casar, mas com a meta de não gastar uma fortuna para isso", diz Deyse.
Deyse e o marido, Robson, são loucos por fotografia e tecnologia. Não à toa, Instagram é a rede social que mais usam. Ao organizar seu casamento, a noiva pesquisou muito para encontrar algo que envolvesse as duas paixões do casal.
"A única opção era a cabine fotográfica, que era cara. Mas eu queria algo mais moderno, mais a nossa cara. Foi então que descobri o sistema [que reconhece hashtags e seleciona para impressão das fotos] e achei perfeito. Decidi comprá-lo", diz. O valor investimento não era baixo, se comparado ao orçamento que ela pretendia gastar no casamento -- custava R$ 1 mil, cerca de 20% de todo o orçamento de R$ 5 mil que planejava desembolsar com a cerimônia.
Para convencer o parceiro da boa compra, sugeriu que colocassem o serviço à venda na empresa de manutenção e locação de impressoras dele. "Não sabia ao certo se usaria ou não. Mas sentia que, mais pra frente, poderíamos dar alguma finalidade e, o mais importante, eu teria o que queria no casamento", conta ela. A tática deu certo e ele topou.
A partir daí, sua vida deu aquela guinada inspiradora.
Noiva empreendedora
Em menos de dois meses após o "sim", Deyse pediu demissão da multinacional onde trabalhava e começou a esboçar o projeto, batizado de Instaimpresso. Uma semana depois, já estavam prontos o plano de negócio e o logo -- criado, aliás, a partir da arte adotada na identidade visual do casamento.
"Iniciei divulgando no Facebook, em grupos de noivas. Fiz alguns eventos gratuitos para testar o processo. Fiz ajustes e, um mês depois, já tínhamos faturado em contratos fechados o dobro do que eu ganhava na empresa em que atuava", afirma.
Empresa em expansão
Hoje, o Instaimpresso possui escritórios em quatro estados do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo). Nesses locais, ela atende presencialmente: uma equipe vai até o local na hora do evento, monitora a hashtag que os clientes escolherem e imprime um número ilimitado de fotos. O valor para três horas de evento é R$ 900. Na saída da festa, as cópias impressas ficam em varais e cada convidado leva para casa a própria imagem, que postou no Insta horas antes.
Clientes de outros lugares do mundo também podem encomendar o serviço. Nesse caso, o monitoramento da hashtag é feito por até 8h. As fotos impressas são enviadas posteriormente para a casa do contratante. A entrega é um kit de álbum de figurinhas (veja foto acima), álbum personalizado e fotos ilimitadas (postadas durante as 8h), que sai por R$ 800. Há um pacote mais modesto, de R$ 250.
Em breve, será lançado um clube para assinantes. Nessa brincadeira, no primeiro ano de atividade do empreendimento ela faturou aproximadamente R$ 200 mil.
O crescimento é animador: a perspectiva de expansão em 2019 é de 20% e a meta é que, em 2020, seja ainda maior e exponencial. "Estamos com um projeto de presença em hotéis e agências de turismo para o próximo ano, com foco em viajantes", diz, orgulhosa.
Ah, o amor...
Embora as coisas tenham acontecido rápido e estejam melhorando a cada dia, Deyse se muniu de muita determinação para tomar as decisões que a levaram até aqui.
As críticas, no começo, não foram poucas. "As pessoas me acharam uma maluca por abandonar um emprego estável. Entendo a preocupação de todos, mas a minha felicidade era mais importante", pontua.
No entanto, ela teve uma pessoa sempre ao seu lado, incentivando muito: o marido. "Ele foi essencial no processo todo, pois me apoiou e encorajou sempre", destaca. O amor não é só lindo, mas também pode ser bem lucrativo.
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