Em carta, modelos pedem que Victoria's Secret proteja angels contra abusos
Depois de enfrentar críticas sobre representatividade e ver seu diretor criativo deixar o cargo, a gigante de lingeries Victoria's Secret continua no centro das atenções.
Na terça-feira (7), o movimento Time's Up e mais de 100 modelos internacionais assinaram uma carta aberta ao CEO John Mehas pedindo à marca que proteja suas modelos, conhecidas como angels, de episódios de "assédio, estupro e tráfico sexual".
A organização Model Alliance, que advoga pelos direitos das profissionais do ramo, publicou a carta na íntegra em suas redes sociais:
"Estamos escrevendo hoje para expressar nossa preocupação com a segurança e o bem-estar dos modelos e jovens mulheres que aspiram a modelos para a Victoria's Secret", começa o texto. "Embora essas alegações possam não ter sido direcionadas diretamente à Victoria's Secret, é evidente que a sua empresa tem um papel crucial na solução da situação".
A carta cita denúncias recentes contra fotógrafos, empresários e produtores que trabalham para a grife e que teriam abusado sexualmente de modelos, contratadas pela empresa ou não.
"É profundamente perturbador que esses homens parecem ter alavancado suas relações de trabalho com a Victoria's Secret para atrair e abusar de garotas vulneráveis", critica o grupo.
Christy Turlington, Doutzen Kroes, Iskra Lawrence e Edie Campbell estão entre as modelos de maior destaque que assinaram a petição. Leia na íntegra.
Outro lado
Em entrevista à "Elle" norte-americana, a Victoria's Secret disse que está "sempre preocupados com o bem-estar de nossos modelos" e que pretende "continuar a dialogar com a Model Alliance para alcançar um progresso significativo na indústria".
Nas redes sociais, angels saíram em defesa da grife.
A brasileira Lais Ribeiro classificou as acusações como "injustas" e disse que a Victoria's Secret é "a marca mais respeitosa com a qual eu já trabalhei". "Quando contei a eles meu episódio com David [Bellemore, fotógrafo que teria abusado sexualmente de modelos], ele foi demitido no dia seguinte", relatou.
Já a portuguesa Sara Sampaio alertou que os principais crimes sexuais contra aspirantes a modelos acontece bem antes do ensaio fotográfico, ainda nas agências que recrutam meninas.
"Se você realmente quer proteger os modelos contra o assédio sexual, vá atrás dos agentes e agências! Porque eles são a principal razão pela qual os modelos são assediados", escreveu, ao criticar o manifesto da Model Alliance.
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