Faça a coisa certa: 10 jeitos de ajudar uma mulher que está sendo assediada
Uma mulher pode ser assediada das mais diversas formas na rua: de uma abordagem estranha em algum lugar ermo ao abuso no ônibus lotado, sofrer esse tipo de assédio pode afetar drasticamente a vida da vítima. Entre os efeitos negativos mais relatados estão problemas de autoestima, dores de cabeça crônicas, perda ou ganho de peso, ansiedade, síndrome do pânico, insônia e depressão, além, é claro, do medo e de restrições à própria liberdade.
Uma maneira de tentar combater essas situações de risco, principalmente quando não é você a vítima, é exercer a empatia, não se calar se presenciar algo suspeito e colocar a sororidade em prática, oferecendo apoio e ajuda às mulheres que enfrentam violência. Cada uma pode e deve fazer sua parte, como apontam as sugestões a seguir:
1. Caminhe com ela
Andar junto a outra mulher em um local vazio e escuro pode espantar possíveis assediadores. Quando perceber uma outra mulher sozinha nessas circunstâncias, aproxime-se e sugira que caminhem juntas —ao ponto de ônibus mais próximo ou até uma área iluminada— como forma de proteção.
2. Fique do lado
Quando perceber que outra mulher está sendo incomodada por algum homem, fique ao lado dela e puxe papo para que o sujeito veja que ela não está sozinha. Pergunte as horas, comente sobre o tempo, finja que a confundiu com alguém, não importa. O interessante é chegar perto da vítima e deixar claro para o assediador que você percebeu o que ele estava fazendo. Assim, você poderá evitar que ele dê continuidade ao ato abusivo.
3. Finja conhecimento
Uma outra opção é você fingir, de fato, que conhece a pessoa. Fale bem alto: "Oi, fulana, lembra de mim? Sou a beltrana que trabalhou com você na empresa x". A ideia é ser cara de pau mesmo, para que o assediador perceba que a pessoa não está sozinha. As estatísticas mostram que esse tipo de homem comete o assédio contra quem ele acredita que esteja mais indefesa, sozinha, em uma situação de fragilidade.
4. Envie um bilhete
No transporte público, por exemplo, mande um bilhete para a mulher que está sendo assediada —em alguns casos, o homem se esfrega ou bolina de um modo sutil e sabe disfarçar quando a mulher nota algo estranho. Ou vá até ela e alerte sobre o perigo.
5. Apite ou grite
Levar um apito na bolsa e usá-lo para chamar a atenção das pessoas pode ser uma boa estratégia para inibir atitudes de assédio. Na maioria das vezes, esses sujeitos acreditam que ninguém irá perceber o que fazem —ou, se perceberem, não terão coragem de fazer nada. Quando algo sai do controle, como, por exemplo, um grito de socorro (ou "Fogo!"), geralmente eles param e saem do local.
6. Repare bem
Ao identificar uma agressão ou um abuso, preste atenção no assediador, nas suas características físicas e roupas. Se possível, tire uma foto ou grave um vídeo com o celular discretamente. Nesses casos, você poderá auxiliar na identificação do suspeito.
7. Invente uma desculpa
Numa festa ou balada, use a desculpa de ir ao banheiro quando precisar falar com outra mulher sem ser vista. Basta chamar: "Vamos ao banheiro?". Muitas vezes a mulher não consegue sair de perto do abusador e isso pode ajudá-la.
8. Chame a polícia
Outra forma de auxiliar é procurar um policial militar, se estiver na rua, ou o segurança de algum lugar fechado (bar, faculdade, estação de metrô, etc.). Conte o que está acontecendo e leve-o até o local onde está o assediador.
9. Exija o que é direito
Caso haja omissão da polícia em ajudar a vítima, insista. Fale da Lei Maria da Penha, do dever dele de prestar socorro ou, no mínimo, levar o agressor até uma delegacia próxima para registrar o crime em flagrante ou prestar esclarecimentos. O ideal é sempre se dirigir para uma Delegacia da Mulher, mas nem sempre elas estão de plantão ou recebem ocorrências.
10. Denuncie
O trauma, o susto, o nojo e o medo podem impedir a vítima de prestar uma denúncia. Lembre: qualquer mulher, sem se identificar, pode entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo telefone 180 e fornecer os dados da vítima e do agressor.
Fontes: Cátia Ribeiro Vita, advogada e sócia-proprietária do escritório CRV Advogados Associados, no Rio de Janeiro (RJ); Priscila Gasparini Fernandes, psicóloga e psicanalista, de São Paulo (SP); Raquel Mello, psicóloga clínica, do Rio de Janeiro (RJ), e Rejane Sbrissa, psicóloga clínica de São Paulo (SP)
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