Polícia de Manaus prende homem acusado de abusar de ex-enteada de 12 anos
A polícia de Manaus prendeu ontem um homem de 28 anos acusado de estuprar e explorar sexualmente a ex-enteada, de 12 anos, em um caso que pode fazer parte de uma rede de prostituição infantil. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Ao ser preso, ele negou as acusações.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia de Especializada em Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DEPCA), os abusos começaram há quatro anos, quando a vítima contou que um primo havia tirado a virgindade dela à força. Depois, o ex-padrasto passou a praticar os abusos. "Naquele período o infrator ficava na residência da família com a filha e a enteada dele, enquanto a mãe dela saía para trabalhar. Ele aproveitava para cometer o delito com enteada e a ameaçava, caso ela delatasse fato", disse a delegada.
Ainda segundo a delegada, a vítima passou a morar com homem após ele se separar da mãe dela. Recentemente a adolescente resolveu falar para a genitora sobre os abusos sofridos. "Ela relatou que não teve coragem de falar antes, pois tinha medo que o homem fosse preso e tivesse o interesse de se vingar futuramente da mãe e da irmã. Após a confissão, mãe e filha foram formalizar a ocorrência", disse.
Além do relato de abusos feitos pelo ex-padrasto, a adolescente estava inserida em um contexto de exploração sexual e possuía até mesmo uma agenda de clientes. A delegada disse que esses clientes estão sendo investigados e em breve devem ser presos e apresentados.
"Ela tinha clientes indicados por outras pessoas adultas que faziam essa intermediação. Nós estamos investigando todos os envolvidos, inclusive o ciclo familiar dela. Essa investigação terá vários desdobramentos, fizemos essa prisão agora nesse momento para conter a pressão que ela vinha sofrendo, mas temos vários desdobramentos ainda", finalizou a delegada.
O homem acusado do crime preferiu não falar com a imprensa. A mãe da adolescente também não quis falar com a reportagem. O ex-padrasto foi indiciado por estupro de vulnerável e, ao término dos procedimentos cabíveis na DEPCA, será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde deverá ficar à disposição da Justiça.
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