'Maratona' e narração à la Galvão: 10 coisas que ninguém conta sobre suruba
Há quem chame de "suruba" qualquer sexo envolvendo mais de duas pessoas. Tem gente que discorda e diz que bacanal é só quando o rala e rola acontece entre mais de cinco pessoas. No entanto, é consensual entre todos os surubeiros entrevistados para esta reportagem que orgias têm particularidades que só se descobre na hora que você decide participar de uma.
Universa conversou com 10 pessoas que já participaram de uma suruba e ouviu delas as principais curiosidades de uma esbórnia como essas. Spoiler: no dia seguinte, o corpo fica superdolorido e é capaz de você passar uma semana encontrando pedaços de pacote de camisinha pela casa.
Ah, claro: usem camisinha. Depois você varre as embalagens.
Mais pessoas, menos qualidade
"A adrenalina da situação é ótima, mas é muito mais difícil ter prazer como se tem em uma relação a dois. Isso porque tem muita gente envolvida, muita informação, muita opção de coisa para fazer, e a gente acaba se desconcentrando. O sexo na suruba é de menor qualidade", Bruna S., 29 anos, social media.
Homens fogem
"É mais difícil arrumar homem do que mulher para a suruba. Eles dizem que querem participar, mas na hora H, desistem. Tem muito cara que fica inibido quando descobre que haverá outros homens na jogada; alguns acham que vão ter que interagir com os caras, outros ficam inseguros, com medo de brochar. Dá preguiça. Eu consigo 20 mulheres para uma suruba, mas não consigo 10 homens", Michel C., 32 anos, vendedor do setor automotivo.
Sem melindre
"Se a suruba é feita com gente conhecida, não rola constrangimento algum quando essas pessoas se encontram depois. Fiz uma suruba, uma vez, e, até hoje, a galera se encontra em um churrascos que organizo em casa, tem gente que leva os filhos. É muito de boa. A gente até se esquece de quem chupou e quem deixou de chupar", Renata L., 23 anos, empresária.
O buraco negro das camisinhas
"Camisinha não se joga em qualquer lugar. É sempre bom ter um espacinho destinado a elas, senão capaz de encontrarmos aqueles pedacinhos de pacotes rasgados pela casa por semanas. Além disso, é essencial deixar de lado a noção de corpo padrão para se divertir", Luiz César L., 51 anos, publicitário.
Parece maratona
"No dia seguinte, a gente acorda muito dolorido. Pensei que fosse só eu, mas já ouvi de várias pessoas que é assim mesmo, parece que corri uma maratona. O banho pós-suruba, apesar de muito aguardado, não é dos mais confortáveis: o pênis fica sensível e arde muito na hora de lavar", Antônio T., 44 anos, policial.
Matemática das camisinhas
"Em uma suruba, a gente gasta camisinha que é uma beleza. Antes do rolê, eu multiplico o número de membros da suruba por 10 para comprar camisinhas o suficiente. Se é uma suruba de cinco pessoas, levo 50 preservativos. Normalmente, sobra, mas é melhor estar prevenida", Jéssica G., 37 anos, atriz.
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"Sempre vai ter alguém narrando a suruba meio Galvão Bueno, sabe? Essa pessoa dá as coordenadas na hora para não virar uma zona. Eu acho um saco, mas funciona. Sem narração, todo mundo fica muito afobado e acaba não dando certo", Carolina S., 30 anos, desempregada.
Bagunça organizada
"Eu sempre achei que fosse bagunça, mas é uma bagunça organizada. Normalmente, há regras que são estabelecidas antes de o sexo começar. A abordagem dos homens, das vezes em que participei, foi sutil e nem um pouco incisiva. Me senti muito respeitada", Aline S., 25 anos, arquiteta.
DR na hora H
"Pode rolar DR [discussão de relação], faz parte. Já aconteceu, em uma suruba da qual participei, de um casal brigar durante o sexo. Eles tinham combinado que o homem só poderia gozar transando com a própria mulher, mas ele acabou gozando enquanto transava com outra. Ela começou a bater nele no meio do rolê, foi horrível", Michel C., 32 anos, vendedor do setor automotivo.
Pré é pior que o pós
"Começar é a pior parte. Fica todo mundo meio constrangido, falando do tempo, esperando alguém tomar a iniciativa. Tem que tomar cuidado para não fugir muito do assunto na tentativa de deixar todo mundo confortável e acabar cortando o clima. Durante a conversa, é bom já ir se aproximando do outro, tocando no braço, na perna e trocar olhares. Depois, flui naturalmente, mas esse começo é muito chato", Camila S., 27 anos, analista de T.I.
*Com matéria publicada em 03/09/2019
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