Anitta: "Contei para a minha mãe que gostava de garotas aos 13 anos"
Anitta foi convidada do site feminino italiano Freeda e abriu o jogo sobre sexualidade, depressão e liberdade. Segundo ela, é a liberdade a coisa mais admirável nas mulheres.
A cantora afirma que recebeu vários "nãos" quando decidiu fazer coisas consideradas masculinas —e que isso acontece com muitas mulheres. "É por isso que eu gosto de criar polêmica, entendo que, dessa forma, as pessoas podem refletir e tentar mudar seus pensamentos".
"Sempre tive muitas fragilidades. Sou mulher, sou muito nova, uso a sensualidade como instrumento do meu trabalho. Quando as pessoas te veem fazendo música urbana e mexendo a bunda, elas acham que você não é inteligente o suficiente, que não tem pensamentos próprios nem é talentosa".
Anitta relembra, ainda, a infância pobre e como lidou com o preconceito. "Eu vim de uma cidade muito pobre no Brasil. É mais uma das fragilidades. Não sofro por isso mais, mas já sofri. Todas as vezes em que as pessoas me julgam, em que elas são más, eu crio forças para ir além, para trabalhar mais, chegar onde quero e dizer: 'Estou aqui, filho da p*'.
A sexualidade da cantora já foi notícia algumas vezes: Anitta é bissexual e, na entrevista, releva que contou à mãe sobre o interesse em garotas quando tinha 13 anos. "Ainda assim, esperei o melhor momento para revelar ao público porque não queria que criassem sensacionalismos sobre mim, que desse mais importância à minha sexualidade do que deveriam. Ninguém chega na televisão e diz 'eu sou hétero'. Era dessa forma, com naturalidade, que eu queria que meu interesse por meninos e meninas fosse tratato".
Um dos temas da entrevista foi a depressão pela qual a cantora passou há alguns anos. Ela relembra que o principal motivo para as constantes frustrações era prestar atenção no que as pessoas diziam. "As pessoas não conhecem minha história, não sabem quanto eu batalhei para chegar onde estou. Eu lia comentários, expectativas, e ficava triste. Até que comecei a entender que elas não me conhecem. Minha mãe pode falar sobre mim, meu irmão também. Essas pessoas, não. E quando coloque isso na minha cabeça, tudo melhorou".
Para Anitta, a liberdade é a chave de uma vida alegre. "É essa liberdade que eu admiro nas mulheres. Se eu for livre, posso ser quem eu quiser. Posso ser louca às vezes e mais reservada em outras. Se você for quem é, as pessoas vão prestar atenção em você e não no seu peito ou bunda. O poder de uma mulher é ser livre".
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