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Menina de cinco anos com paralisia cerebral morre após estupro no RS

Jovem de 18 anos é preso acusado de estuprar a menina de 5 anos - Divulgação/Polícia Civil
Jovem de 18 anos é preso acusado de estuprar a menina de 5 anos Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o Uol, de Porto Alegre

08/09/2019 18h48Atualizada em 09/09/2019 15h49

Uma menina de cinco anos, que tinha paralisia cerebral, morreu após sofrer um estupro em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. Ela chegou a ser levada pela mãe para o Hospital Universitário, na madrugada de sábado (7), mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a Polícia Civil, um suspeito de 18 anos confessou o crime e foi preso. Ele teve a prisão preventiva decretada por estupro de vulnerável e foi levado para a Penitenciária Estadual de Santa Maria. O homem também morava na casa e era filho do padrasto da menina. De acordo com a polícia, ele não tinha antecedentes criminais.

Em depoimento à polícia, o jovem confessou ter estuprado a criança, mas disse que ela estava respirando quando saiu do quarto.

A delegada Roberta Trevisan, responsável pela investigação, afirmou que o abuso ocorreu no berço dentro do quarto onde estavam o padrasto e a mãe da menina. Para a polícia, o casal relatou que não viu ou ouviu nada. O padrasto disse que levantou por volta das 5h para ir ao banheiro quando percebeu que a criança estava roxa e com a respiração fraca. Em seguida, correram para o hospital.

"É impossível que ninguém tenha ouvido nada, até pela extensão dos ferimentos", disse a delegada, salientando que a casa é bem pequena.

Na casa havia oito pessoas - incluindo a menina de cinco anos. Segundo a delegada, os pais dela podem ser responsabilizados por omissão, o que deve ser apontado até a conclusão do inquérito, previsto para a próxima semana.

Em nota, a Polícia Civil informou que a causa da morte só será oficialmente esclarecida após os laudos periciais. As investigações agora seguem com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

A reportagem ainda tenta contato com o advogado do homem.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado, o suspeito não pode ser chamado de adolescente segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), uma vez que já tem 18 anos completos.