Pesquisa mostra quando a autoestima da brasileira aumenta
A construção da autoestima é um processo. Mas, para que a percepção que a mulher no Brasil tenha de si mesma seja positiva, são necessários cinco fatores essenciais, como aponta o estudo "O que as mulheres querem", realizado pela Kantar, empresa de dados, insights e consultoria.
De acordo com os resultados obtidos, as brasileiras não têm real crença na própria capacidade e valor por vários motivos: ausência de autonomia financeira (24%), autonomia sexual e corporal (23%), liberdade de pensamento e expressão (22%), representatividade (16%) e conexões sociais (15%). E a falta desses elementos faz com que 20% das mulheres se sintam com baixa autoestima além da média -- esse número é quase 10% superior quando comparado aos homens.
O trabalho da Kantar contou com 800 brasileiros, sendo 410 mulheres e 390 homens (eles foram entrevistados para efeito comparativo), e mostrou que a chegada da idade afeta positivamente a autoestima — depois dos 29 anos, as mulheres tornam-se mais seguras.
A maternidade é outro ponto fundamental para boa avaliação da autoimagem: 35% das mães entrevistadas consideram sua autoestima acima da média, enquanto 21% das mulheres sem filhos pensam o mesmo. Quando o assunto é autoestima abaixo da média, 22% das mulheres sem filhos julgaram se sentir assim, contra 12% das que já experimentaram a maternidade. Ou seja, a chegada de ao menos um filho inspira responsabilidade e maturidade, dando a sensação de confiança.
"Nós já tínhamos alguma ideia do que pudesse causar a baixa autoestima, mas não tínhamos uma validação clara, principalmente quando vemos a ausência de independência financeira como ponto chave. Outro fator de destaque é a autonomia sexual e corporal -- reflexo de que hoje está mais fácil para a mulher externar o que sente e não ter vergonha do próprio corpo. Esses números são importantes para que todas vejam que não estão sozinhas, que outras se sentem da mesma forma", comenta a CEO da Kantar Insights Valkíria Garré.
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