Marina Smith: blogueira virou marca de beleza com ajuda de mãe farmacêutica
No caminho inverso de muitas blogueiras que conquistam milhões de seguidores nas redes sociais e, depois, associam seus nomes a marcas de cosméticos e de beleza, Marina Smith, a blogueira do "2beauty", tem sua própria marca de maquiagem e skin care.
Blogueira "fora do eixo e raiz" — ela mora em Porto Alegre (RS) e começou a escrever em sua página em 2007 — Marina desenvolveu uma linha de produtos com seu nome em 2012. E tudo começou de forma muito despretensiosa.
"Minha mãe é farmacêutica e biomédica, e um dia cheguei feliz em casa porque tinha comprado um demaquilante bifásico bem baratinho e bom. Ela me disse: 'Você sabia que eu posso formular um desse para você?'".
Spray pra pincel, primer reformulado
O produto manipulado foi o primeiro de uma esteira de produções que, depois, daria o estalo para a criação da marca.
Marina e sua mãe, Maria Cristina, ainda inventaram um spray para limpar pincéis de maquiagem, "já que o da MAC não vinha para o Brasil, porque era inflamável", e um primer que tivesse o mesmo efeito que o "The Porefessional", da Benefit, bastante conhecido entre os amantes de maquiagem.
Transformar a produção de fórmulas manipuladas em escala industrial, Marina confessa, foi uma ideia da mãe. "Ela é total a parte empresarial, burocrática. Nunca tinha passado isso pela minha cabeça. Já minha mãe foi empresária por muito tempo, fez pós em Administração de empresas. Mas, o que digo é que a linha foi surgindo de um jeito muito natural".
Blogueira full time e "empresa de duas"
Foi depois de ser demitida no site em que trabalhava como webdesigner, em 2012, que Marina Smith resolveu virar blogueira "full time". No 2beauty, ela escreve sobre maquiagem, cuidados com a pele e de viagem com a mesma intensidade que se dedica a falar de séries, livros e comidas que experimenta.
"Eu tenho um público superfiel. Não é um milhão de seguidores, tenho 131 mil [no Instagram], mas são pessoas que se importam com que eu falo, que confiam na minha opinião. O blog, na verdade, começou como um hobby, e eu sempre fui muito detalhista e sincera ao dar minha opinião sobre os produtos das marcas", avalia.
"Se um creme para o rosto custa R$ 400 e chega aqui em casa, eu experimento e mostro, mas falo: 'olha, eu não compraria, porque nenhum creme é milagroso e nem sempre tem um custo/benefício legal'".
Aliando seu contato com a área de beleza e o tino comercial de Maria Cristina, Marina foi atrás de parceiros que comprassem a ideia da marca.
"Bati na porta da Sephora, que ainda era Sacks, e apresentei o projeto. Demorou um ano para concretizar tudo e cheguei depois com cinco produtos, para vender no site. Aí, quando eles abriram loja no Brasil, conseguimos entrar também".
A empresa continua sendo Marina e sua mãe, mas agora com fornecedores de matéria-prima, embalagens, e duas fábricas que produzem os cosméticos, todos formulados por elas. A fidelidade do seu público, ela acredita, facilitou a apresentação da marca, que leva o nome de blogueira.
"Hoje, temos uns 20 produtos. Mas, fazemos tudo devagar, poucos lançamentos, porque o investimento é todo nosso", comenta Marina, sem revelar valores envolvidos na construção da marca.
Um de seus produtos preferidos do "selo Marina Smith" é o pó que assenta corretivo que tem o nome "Amarelinho". Também tem o "Amarelão", destinado a peles negras, creme demaquilante de argan, gel fixador estimulante para sobrancelhas, spray limpador de pincéis primer, sérum facial e óleo para passar no rosto à noite, entre outros.
É possível encontrar os produtos em três lugares: no site e em algumas lojas físicas da Sephora e nos sites Beleza na Web e Época Cosméticos.
Segundo Marina, o preço justo é uma preocupação, apesar de a mercadoria ter as taxas e custos das revendedoras e do valor de produção que a marca arca por produzir em pequenos lotes. O demaquilante bifásico (140 ml) que deu origem a toda a história, no site da Sephora, por exemplo, custa R$ 49.
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