Vagina ardendo depois do sexo? 7 situações que podem estar por trás disso
Queixa frequente nos consultórios médicos, a ardência vaginal não combina com sexo. Mas acontece com frequência e pode até impedir mulheres de A seguir, listamos alguns problemas que podem causar esta incômoda sensação.
Candidíase e outras infecções
Infecção é um dos principais motivos que levam à ardência vaginal. Entre elas, a mais comum é a candidíase (causada pelo fungo do tipo Candida). Além da ardência, gera coceira, vermelhidão, aumento da frequência urinária e até inchaço local. Há mais infecções que podem provocar ardência, como vaginose bacteriana (originada com a bactéria Gardnerella, que desequilibra a flora intestinal) e a tricomoníase (consequência da ação do Trichomonas), entre outras.
● Como evitar: não deixar a região genital úmida, manter a imunidade corporal, usar calcinhas feitas com tecidos que facilitem a transpiração (algodão, por exemplo), evitar duchas vaginais e manter boa higiene.
Ressecamento vaginal
A diminuição ou ausência do hormônio feminino estrogênio - como ocorre, respectivamente, no pós-parto e menopausa, por exemplo - resulta na atrofia das células vaginais, que passam a não funcionar adequadamente e reduzem a lubrificação vaginal. Essa atrofia vulvar e vaginal também pode causar irritação e coceira.
● Como evitar: tratar o problema que esteja causando a alteração hormonal, reposição local de estrogênio (quando indicado).
Uso prolongado de absorvente
Utilizar absorvente externo exageradamente, por muito tempo seguido, dificulta a transpiração da região vaginal. Combinado ao suor em excesso e consequente umidade, além de roupas apertadas, leva à irritação local e assadura, provocando a ardência.
● Como evitar: não usar absorvente externo diariamente, manter a região genital sempre seca, preferir lingerie com tecido de fácil transpiração (como algodão), não adotar roupas apertadas e manter boa higiene local.
Doenças de pele
Problemas dermatológicos também podem afetar a pele da vulva e mucosa vaginal. Com isso, é possível ocorrerem ferimentos e ardência. Líquen plano, líquen simples, pênfigo e eritema multiforme são algumas dessas doenças.
● Como evitar: com exceção das dermatites de contato (evitando-se substâncias que provoquem a reação), não há prevenir.
Atrito no ato sexual
Quando há uma diminuição da lubrificação vaginal, ocorrem atritos durante o contato íntimo, provocando pequenas lacerações e assaduras. A ardência acontece por irritação da mucosa vaginal.
● Como evitar: preservar-se de relações sexuais se não estiver com boa lubrificação ou usar produto apropriado que ajude a minimizar o quadro.
Xixi vazando
A perda urinária e consequente contato com o líquido acumulado na calcinha ou absorvente pode gerar dermatite amoniacal (também é bem comum em crianças de fralda). Isso leva à inflamação da pele no local e ardência.
● Como evitar: usar calcinhas feitas com tecido de fácil transpiração como algodão, evitar roupa apertada e fazer sempre uma boa higiene local.
Alergia ao sêmen e camisinha
Se a ardência vem depois do ato sexual, pode muito bem ser alergia ao sêmen, preservativo ou algum produto cosmético usado durante a transa.
● Como evitar: não há muito como prever, pois somente a avaliação médica pode fechar o diagnóstico. Até a consulta com o profissional, para aliviar o sintoma, pode-se fazer banho de assento com água morna e bicarbonato ou com chá de camomila ou, ainda, de malva, durante aproximadamente 10 minutos.
Fontes: Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista membro do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês; Ana Carolina Lucio Pereira, ginecologista e obstetra da Clínica Fada; Camila Prestes, ginecologista; Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em endocrinologia ginecológica e reprodução humana pela Santa Casa; Isabel Cristina Pereira da Cunha, ginecologista da Clinipam
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