Parada da Bahia quer denunciar violência contra LGBTs neste domingo
No domingo (22), Salvador será o cenário da 18ª Parada LGBT da Bahia. Neste ano, o evento homenageia os 40 anos do GGB (Grupo Gay da Bahia), a ONG mais antiga do Brasil voltada a essa causa. Também comemora, a exemplo de outras paradas brasileiras, os 50 anos do levante de Stonewall, nos Estados Unidos, que deu origem ao Dia do Orgulho LGBT.
Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia e professor de antropologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia), diz que, apesar de ser um momento de alegria, com música e festa, a parada serve também para denunciar a violência sofrida por esses grupos cotidianamente.
"Queremos chamar a atenção para o que acontece no ano inteiro. Infelizmente, gays são espancados e vítimas de bullying, travestis apanham e são assassinadas. É essa cultura de intolerância que denunciamos", diz Mott.
Ele também destaca a importância da ONG que completa quatro décadas. "Há muitos anos o Grupo Gay da Bahia cobra dos poderes municipal, estadual e federal o levantamento de dados estatísticos da violência anti-LGBT. Tivemos um insight, desde a nossa fundação, de começar a registrar esses assassinatos para mostrar para a sociedade e para o governo que não estamos chorando e reclamando por ninharias, mas pelo direito à vida", afirma, referindo-se aos levantamentos anuais feitos com base em notícias veiculadas na imprensa.
O público estimado da Parada é de cerca de 200 mil pessoas. Antes dos desfiles dos minitrios, que terão apresentações musicais, será realizado um ato ecumênico para marcar a luta contra a intolerância religiosa e contra qualquer tipo de preconceito.
"A parada é uma manifestação política apartidária em defesa da inadiável cidadania plena do segmento LGBT. É um grito de denúncia contra a homotransfobia ainda tão presente em nossa capital e em nosso estado", afirma Mott.
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