Estudo revela que alteração no DNA é a causa para vício em sexo
Um estudo publicado na revista Epigenetics revelaram a provável causa para o vício em sexo. O comportamento sexual compulsivo é classificado como um distúrbio de saúde mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2018.
Segundo cientistas suecos, o comportamento ocorre em decorrência de uma alteração no DNA que aumenta a produção de ocitocina, o "hormônio do amor", liberado por meio da interação social, desde o parto até as sensações de toque entre duas pessoas.
O excesso da produção dessa substância faz com que o indivíduo se sinta atraído por vários indivíduos ao mesmo tempo, levando-o a procura compulsiva por sexo.
Para chegar ao resultado, foram recrutadas 93 pessoas, que foram divididas em grupos: o primeiro, com 60 participantes, era composto por indivíduos em tratamento por causa de dependência sexual - sendo a maioria homem. Já o segundo grupo tinha 33 participantes sem histórico de comportamento sexual compulsivo. A equipe recolheu o sangue de todos os voluntários para as devidas análises genéticas.
Os resultados mostraram que duas regiões do DNA apresentavam modificações, o miR708 e miR4456 - genes cuja função é codificar moléculas de microRNA (responsáveis por regular a decodificação de informações presentes no DNA). Os pesquisadores esclareceram que o miR4456 ajuda a controlar os genes envolvidos na regulação da ocitocina.
"Com base em nossas descobertas, o vício em sexo é um diagnóstico médico que tem uma causa neurobiológica", explicou Adrian Boström, do Instituto Karolinska, na Suécia
Uma segunda pesquisa realizada pela mesma equipe comprovou também que a parte do DNA responsável pelo surgimento de vícios também é alterada em pessoas com comportamento sexual compulsivo. Para os estudiosos, os novos resultados confirmam que a hipersexualidade é um transtorno mental e deve ser tratado como qualquer outra forma de vício.
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