Topo

Vídeo e testemunhas: suspeito já tinha encostado no carro de Mariana Bazza

Wagner Carvalho

Colaboração para Universa, em Bauru (SP)

27/09/2019 21h56

A Polícia Civil está analisando um novo vídeo de câmeras de segurança que mostra que o principal suspeito da morte de Mariana Bazza, 19, aproximou-se do carro dela antes de ela deixar a academia onde estava. Em depoimento, uma testemunha também trouxe essa versão e disse que Rodrigo Pereira Alves, 33, ainda teria se abaixado ao lado do veículo. Ele está preso e, inicialmente, confessou o crime, mas depois voltou atrás.

As imagens mostram o local onde o carro da jovem, um gol preto, estava estacionado enquanto ela treinava em uma academia, na manhã da última terça-feira (24). No vídeo, é possível ver Rodrigo sair do outro lado da avenida, aproximar-se do carro - olhando a todo momento para os lados - e ficar encostado por mais de dois minutos, até o final do vídeo, cuja versão divulgada pela polícia tem 2min51s.

É possível notar que diversas pessoas passam caminhando pela avenida enquanto Rodrigo fica encostado no veículo.

Uma testemunha que reside próximo da academia e foi ouvida na manhã de hoje pelo delegado Durval Izar Neto, responsável pelas investigações, afirmou ter visto o suspeito encostar no veículo e se agachar próximo do pneu traseiro. A mesma testemunha afirmou em depoimento que o suspeito chegou a se assustar quando notou sua presença e que saiu tentando disfarçar.

Mariana Bazza, estudante de fisioterapia que foi assassinada no interior de São Paulo - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Mariana Bazza, estudante de fisioterapia
Imagem: Reprodução/Facebook
A última pessoa conhecida de Mariana que a teria visto antes do sumiço, Heloísa Passarello, 19, declarou ao UOL que foi Rodrigo quem se ofereceu para trocar o pneu do carro da jovem, e não ela que pediu. As duas estavam treinando juntas na academia e, quando saíram, Heloísa pegou sua moto, e Mariana foi para o carro.

"Quando ela saiu a academia, subiu no carro e já estava saindo para ir embora, ele gritou do outro lado da avenida que o pneu do carro estava murcho. Onde ele estava não havia como ele ver a situação do pneu", disse a amiga, que acha que Rodrigo premeditou todo o crime.

Heloísa diz que estava ao lado da amiga quando Rodrigo se aproximou pela primeira vez para oferecer ajuda para trocar o pneu. "Ele insistiu muito, umas quatro vezes para ajudar, não olhava na minha cara, o objetivo dele era a Mariana, o carro dela."

De acordo com um dos investigadores, novos vídeos de outras câmeras estão sendo analisados analisadas. A polícia continua ouvindo testemunhas e aguarda a chegado dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara e o resultado da perícia técnica feita no veículo da vítima, encontrado na terça-feira à noite, no município de Itápolis. O corpo de Mariana foi encontrado dentro de um canavial.