Homem é preso suspeito de sequestrar e estuprar enteada de 11 anos em SP
Um homem foi preso em flagrante anteontem (26) suspeito de sequestrar e estuprar a enteada de 11 anos. Segundo a mãe da vítima, o crime teria sido motivado por vingança, já que o suspeito não aceitava o fim do relacionamento amoroso.
Para a polícia, o suspeito nega as acusações. "Ele negou e estava totalmente calmo, dizendo que não entendia porque estava preso e que a gente não ia acreditar em nada do que ele falasse, porque ele já tinha sido preso uma vez por violência. Ele falava como se ele fosse totalmente inocente", conta a delegada responsável pelo caso, Silmara Marcelino, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Mogi das Cruzes (SP).
Em audiência de custódia ontem, Wesley Ferreira Borges, 39, teve sua prisão preventiva decretada e segue à disposição da Justiça, na cadeia pública de Mogi das Cruzes. A vítima já passou por exame de corpo de delito e o resultado deve ficar pronto em dez dias.
"Independente do resultado do exame, o estupro é qualquer ato de nojo que ele encoste nela - ainda que o resultado do exame seja negativo, não significa que ela não foi estuprada, ela só tem onze anos. Se ele esfregou o pênis dele, isso já é estupro", afirma a delegada.
Na última quarta-feira, 25, após uma discussão, a mulher, de 37 anos, mandou o companheiro embora de casa. Ele, então, teria ficado enfurecido e começado a agredi-la. Em seguida, o suspeito teria ido buscar a enteada na escola, já que tinha permissão para isso.
"Ele buscou ela na escola e já não voltou para a casa com ela. E todo esse período ele a ameaçou, inclusive a estuprou. Ela disse (a menina) e eu acredito. Ele ficou do meio-dia de um dia, até às 10h da manhã do outro dia com a vítima. Ela ficou sem reação", explica a delegada.
Em depoimento à polícia, a mulher disse que já vivia um relacionamento turbulento há oito anos, mas que nesse dia, o companheiro percebeu que teria que ir embora.
"Sem ela perceber (a mãe), ele (o suspeito) acabou ameaçando a menina. Ele falou: olha se a sua mãe separar de mim, eu vou matar ela, matar sua avó, matar a família inteira, te estuprar e depois te matar. Eu acho que foi uma coisa que ele pensou no momento quando percebeu que ela realmente queria se separar", diz a delegada.
No mesmo dia, quando a mãe percebeu que a filha havia sido levada da escola, ela foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência pelo sequestro. Durante o dia, ninguém conseguiu fazer contato com o suspeito, mas à noite a mulher conseguiu falar com ele.
No dia seguinte, pela manhã, o padrasto levou a menina até a casa da avó em São Paulo. A polícia então foi avisada e o suspeito foi preso em flagrante.
De acordo com a delegada, nesse mesmo dia da briga, o suspeito já estava ameaçando a menina, que chegou a mandar uma mensagem para o celular de uma amiga da mãe, contando que estava sendo ameaçada pelo padrasto.
O suspeito segue detido e vai responder por sequestro, estupro de vulnerável, lesão corporal e ameaça. A Delegacia de Defesa da Mulher de Mogi das Cruzes investiga o caso.
Homem já havia sido preso por violência doméstica
Em 2014, segundo a delegada que investiga o caso, a mulher já havia denunciado o então companheiro por violência doméstica. Em uma discussão do casal, o homem teria esfaqueado a mulher na cabeça. Na época, a vítima precisou levar vários pontos.
Ele foi preso, mas, ao sair da prisão, dois anos depois, a mulher perdoou o marido e eles reataram o relacionamento.
Em depoimento à polícia, a mãe da menina disse que morava com o suspeito há oito anos, mas que ele sempre foi uma pessoa violenta. Nos últimos tempos, porém, as brigas se intensificaram, porque a mulher queria trabalhar fora, mas o companheiro não permitia.
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