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Mulher morre após namorado atear fogo em carro com ambos dentro

Fogo foi ateado no carro em que estava a vítima - Divulgação
Fogo foi ateado no carro em que estava a vítima Imagem: Divulgação

Eduardo Schiavoni

Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto (SP)

30/09/2019 09h54Atualizada em 30/09/2019 12h14

Morreu, na madrugada de hoje (30) a técnica de enfermagem Luciene Ferreira Sena, 39, que havia sido queimada por um ex-namorado que não aceitava o fim do relacionamento. Ambos estavam dentro de um carro quando o rapaz, que também morreu em decorrência dos ferimentos causados pelo ato, ateou fogo ao corpo de ambos utilizando um coquetel molotov.

O crime aconteceu por volta das 7h15 de domingo quando Luciene deixava o turno de trabalho na Santa Casa de Pirassununga, interior de São Paulo. O casal tinha brigas constantes. Elisangelo Marcondes Francisco dos Santos, 41, abordou a ex-namorada no momento em que ela deixava o turno de e entrou no veículo da vítima. Depois de andar dois quarteirões, ateou fogo no corpo dela. Antes disso, Santos havia travado o cinto de segurança de Luciene.

O jornalista Antonio Naressi presenciou a ocorrência e ajudou no resgate. Ele afirmou que o momento foi assustador. "Sempre estou por aquela região aos domingos. Chego entre cinco e seis horas da manhã e fico lá conversando justamente com o dono do mercado. Estava com ele quando nós ouvimos os gritos e vimos o carro vindo em chamas. Foi muito pesado", conta.

Luciene e Santos chegaram a ser resgatados. Populares utilizavam uma faca para cortar o cinto de segurança que mantinha a técnica de enfermagem retida ao veículo. Ao serem socorridos, a mulher apresentava queimaduras em 80% do corpo e o homem em 65%. Responsável pelo crime, Santos havia morrido na noite de ontem.

Eliane Araújo, que havia trabalhado com Luciene no plantão de domingo, contou que o estado de saúde dela era muito grave. "Ela foi atendida, mas estava tão fragilizada que nem pôde ser enviada a outro hospital. Na manha de hoje, ela não resistiu e infelizmente faleceu", disse a amiga.

A prima de Luciene, Gabriela, também lamentou a morte. "Estamos todos chocados. Ainda é difícil acreditar. Minha prima era cheia de vida, é complicado entender o que aconteceu e saber que ela se foi", disse.