MC Carol lembra racismo na infância e depressão: "Funk salvou minha vida"
A cantora MC Carol, conhecida por falar de sexualidade, feminismo e questões sociais em letras de funk, disse em entrevista ao programa For the Cultura Brasil, da plataforma de streaming TIDAL, que a carreira artística começou em um momento da vida em que ela acreditava "que a vida não fazia mais sentido". "O funk salvou minha vida", afirma.
Nascida e criada no Morro do Preventório, em Niterói, no Rio de Janeiro, a artista sonhava em ser policial, mas acabou se tornando funkeira e sendo apelidada de Carol Bandida depois de vencer um concurso de dança em uma festa de sua comunidade.
"Quando fui ver, estava com um caderno com trinta [letras de] funks", conta, lembrando o início da carreira.
Ela contou que aprendeu os conceitos de feminismo e racismo, tão presentes em sua carreira, vendo uma mulher de sua família sendo agredida e sofrendo com o preconceito racial na escola, ainda na infância.
"Senti o racismo muito forte na escola, até que cheguei um dia para o meu avô e falei que estava cansada de ser negra. Ele conversar comigo sobre minha cor, meu cabelo, meu corpo... Lembro como se fosse hoje. Meu avô me ensinou que não posso me importar com o ódio de ninguém", conta.
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