Mãe de Mariana Bazza lamenta: "Ninguém veio avisar, fiquei sabendo pela TV"
Resumo da notícia
- Marlene Bazza, mãe da jovem assassinada após pedir ajuda para trocar pneu, diz que não foi avisada quando corpo da filha foi encontrado
- "Hoje faz 15 dias que seu corpo foi encontrado e ninguém veio avisar a mamãe. Só fiquei sabendo pela televisão", desabafou nas redes sociais
- Polícia Civil de Bariri (SP) apresentou ao MP conclusão de inquérito apontando Rodrigo Alves Pereira como suspeito pela morte de Mariana Forti Bazza
A mãe da jovem Mariana Bazza desabafou nas redes sociais, duas semanas após saber da morte da filha. Em um post no Facebook, ela revelou que soube do caso pela TV, homenageou a filha e externou o sofrimento do momento que passa.
"(...) Está muito difícil aceitar a sua partida, essa dor não passa, só aumenta. Está difícil entender o que aconteceu, mas você sempre será lembrada por nós, todos os dias. Que saudade filha, que dor, que agonia. Não tem explicação. Hoje faz 15 dias que seu corpo foi encontrado e ninguém veio avisar a mamãe. Só fiquei sabendo pela televisão, imagina o baque em meu coração", escreveu Marlene Forti Bazza.
"Meu mundo desabou, o bandido está comendo e bebendo nas nossas costas. Ele não tinha esse direito de ter tirado sua vida. Isso dói muito, tenho uma espada enfiada em meu coração. Te amamos muito, minha linda Mariana Bazza", adicionou ela.
Na segunda-feira, Marlene já havia postado outra mensagem, como se falasse à filha: "Bom dia, minha filha. Cada dia que passa, minha saudade aumenta, minha dor não acalenta. Sei que você está bem, mas você sabe, né, mãe é mãe, eu não esqueço de você um só minuto. Queria muito que você estivesse aqui comigo, conversando, me contando como foi na academia, na faculdade. Mas sei que isso é impossível. Espero que você esteja muito feliz aí, você merece."
Inquérito
Na última semana, a Polícia Civil de Bariri (SP), a 320 km da capital, apresentou ao MP (Ministério Público) conclusão de inquérito apontando Rodrigo Alves Pereira, conhecido por Rodriguinho, 33, como suspeito pela morte de Mariana Forti Bazza, 19, em 24 de setembro. Ele foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e ainda pode responder por estupro e ocultação de cadáver. Se o MP apresentar denúncia à Justiça e ela for aceita, o suspeito vai virar réu.
O investigador-chefe da delegacia de Bariri, José Dadalto, afirmou que o fato de o suspeito ter apontado com exatidão o local onde o corpo havia sido deixado é uma das provas mais fortes contra ele. Inicialmente, Rodriguinho admitiu o crime, mas depois negou a autoria e disse que foi coagido por policiais a confessar.
O investigador afirma que esses resultados serão anexados posteriormente ao inquérito. Além do crime de latrocínio, o suspeito poderá responder por ocultação de cadáver e estupro, caso o abuso sexual seja confirmado pelos exames.
O crime
Mariana e a amiga saíram da academia por volta das 8h de terça-feira (24). A colega disse à polícia que pegou sua motocicleta e saiu em direção ao trabalho. Já Mariana, segundo câmeras de segurança que estão de posse da Polícia Civil, dirigiu-se até seu veículo e notou que o pneu estava murcho. Nesse instante, as câmeras flagraram um homem se aproximar dela e oferecer ajuda para a troca do pneu.
O rapaz conversou com Mariana e logo em seguida se dirigiu para uma chácara em frente à academia. Ainda de acordo com as imagens do circuito interno de segurança, após conversar com o rapaz, Mariana entrou no carro e o guiou para dentro da chácara.
Cerca de uma hora depois, o veículo saiu do local, mas não é possível identificar pela gravação quem está no volante. Uma pessoa saiu pela porta do motorista, voltou após alguns segundos e arrancou com o veículo. Cerca de uma hora depois, o suspeito retornou com o veículo de Mariana para a chácara, ficou mais cerca de 30 minutos e saiu novamente. Toda essa ação foi flagrada pelas câmeras de vigilância da academia frequentada pela jovem.
Enquanto o rapaz trocava o pneu do carro, Mariana chegou a fotografá-lo e, numa rápida conversa por uma rede social, enviou a foto para seu namorado. "Ela não mandou porque estava com medo ou receosa, mandou para me mostrar o que tinha acontecido, mal sabia ela que aquela foto a ajudaria a esclarecer sua morte", comentou Jeferson Viana.
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